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terça-feira, 2 de junho de 2009

GOVERNADORES - DE 1889 A 2014

OS GOVERNADORES QUE O RN JÁ TEVE
DE 1889 A 2014
Veja a seguir a relação de todos os governadores que o Estado do Rio Grande do Norte já teve, desde Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, em 1989 até o atual, Vilma de Faria, em 2006. Em 1935, com os respectivos períodos governamentais: os governadores nomeados, os governadores eleitos em eleições diretas (pelo voto popular); os governadores nomeados pelo Presidente da República (os chamados interventores federais); e os governadores eleitos em eleições indiretas (pela Assembléia Legislativa, ou sejam, pelos deputados estaduais.
1 – PEDRO VELHO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO
– 17/11/1889
Aclamado Presidente em 17 de novembro de 1889, governando até 6 de dezembro de 1889
De acordo com o saudoso Câmara Cascudo, a notícia da Proclamação da república no Rio Grande do Norte chegou depois do meio dia do dia 15 de de novembro de 1889, via telegrama de José Leão para o chefe político Pedro Velho. Entre os dias 15,16 e 17 foram feitas intensas negociações entre as facções liberais e conservadoras, acerca da transição do poder
Pedro Velo, natural de Natal, nascido a 27 de novembro de 1856 e faleceu em Recife-PE no dia 5 de dezembro de 1907, filho de Amaro Barreto Albuquerque Maranhão e Feliciana Maria da Silva Pedroza, esta filha de Fabrício Gomes Pedroza, senhor de engenho e grande comerciante em Macaíba e de Dona Luiza Pedroza. Casou-se em 1º de abril de 1881 com Petronila Florinda Pedroza. Médico, professor do Atheneu Norte-rio-grandense, abolicionista, fundou em 27 de janeiro de 1889 o partido Republicano do Rio Grande do Norte e em 1º de julho de 1889 fez circular o primeiro número do jornal “A REPÚBLICA” – órgão do PR. Foi deputado federal (1890 a 1893 e em 1896), governador em três períodos: 17/11/1889 – 6/12/1889, 19/9/1890 – 8/11/1890 e 28/2/1892 – 31/10/1895, senador da República (1897 a 1906 e de 1906 - 1907), sendo o chefe político mais poderoso de sua época. Criou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, através da Lei de nº. 12, de 9 de junho de 1892 e instalado em 1º de julho de 1892. È patrono da cadeira 15 da Academia Norte-rio-grandense de Letras (14/11/1936). É patrono da cadeira nº 15 da Academia Norte-Riograndense de Letras.
O jornalista, abolicionista e médico Pedro Velho de Albuquerque Maranhão foi quem proclamou a República no Rio Grande do Norte, depois de ter recebido telegrama de Aristides Lobo, que mais tarde seria ministro do Interior, autorizando-o a assumir o governo após a proclamação da República no Estado no dia 17 de novembro de 1889, o que foi feito solenemente num clima festivo. Em seguida, era aclamado governador do Estado, no palácio do governo, na Ribeira.
Pedro Velho finalmente viu coroada de êxito a sua luta em prol da proclamação da República, à frente de um grupo de idealistas que sonhava em derrubar a Monarquia para implantar a nova ordem vigente. Para divulgar as idéias republicanas, fundou o jornal “A República” em 01/07/1889, mantendo acesa a chama do idealismo. Esse jornal era impresso na gráfica de João Carlos de Vasconcelos. As máquinas, compradas em Paris pelo engenheiro Ferro Cardoso, eram de dimensões reduzidas para a publicação do periódico.
FUNDAÇÃO - O Partido Republicano foi fundado por Pedro Velho em 27 de janeiro de 1889. O local foi a residência do partidário João Avelino, onde funcionou posteriormente o “Grande Hotel”, que mais tarde se transformou no “Fórum da Justiça”, na Ribeira. Pedro Velho inscreveu no partido quase todos os familiares, destacando-se os irmãos Augusto Severo, Alberto, Fabrício, Joaquim e Adelino Maranhão. Foi o potiguar José Leão que lhe comunicou a proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Aristides Lobo autorizou: “Dr. Pedro Velho, assuma o governo e proclame a República”. O que foi feito por aclamação. Governava a província, na época, o tenente-coronel Antônio Basílio Ribeiro Dantas, que mandou um emissário convidar o republicano para assumir o posto, mas Pedro Velho teve receio de apossar-se do cargo e consultou lideranças conservadoras e alguns liberais para coonestar seu ato solene em palácio, para desgosto de alguns republicanos de primeira hora, que ficaram à margem da consulta.
INTERINO - Mas o governo de Pedro Velho durou poucos dias. Em 30 de novembro o governo provisório da República, por intermédio do ministro do Interior, Aristides Lobo, afastava-o do cargo e, para assumir o governo do Rio Grande do Norte, nomeava Adolfo Afonso da Silva Gordo. Pedro Velho sentiu o golpe, mas não passou recibo e recebeu com festa o seu sucessor, dando a primeira prova de habilidade política e, mesmo fora do poder, continuou prestigiado no Estado, surgindo assim a primeira “raposa política” do Rio Grande do Norte. Além do charme pessoal, era um homem simpático e elegante. Pedro Velho consolidava, mesmo à margem do poder, sua liderança no Estado. Nessa fase atribulada, o Estado teve sete governadores e uma junta governativa. Com seu prestígio, Pedro Velho de Albuquerque Maranhão conseguiu, por intermédio do jurista Amaro Cavalcanti, que o paulista Joaquim Xavier Silveira Júnior fosse nomeado governador e ele, vice- governador. Começaria agora a sua arrancada rumo ao poder. Tendo assumido o cargo provisoriamente nesse período, publicou decreto beneficiando, em relação ao imposto de exportação, a firma de fiação e tecelagem do cunhado Juvino Barreto. No dia 28 de fevereiro de 1892, Pedro Velho é eleito indiretamente pelo Congresso Estadual governador do Estado, cujo mandato se estendeu até 25 de março de 1896. No discurso de posse disse a frase que marcaria seu governo: “Promovam o progresso que garantirei a ordem”.
ORGANIZAÇÃO - Apesar de médico, coube-lhe organizar e reorganizar juridicamente o Estado, dotando-o de uma estrutura administrativa compatível com os novos tempos, após a proclamação da República. Seu grande mérito como administrador foi implantar essa tarefa indispensável ao surgimento do novo Estado. A partir do seu governo, Pedro Velho, com astúcia e habilidade política, implantou no Rio Grande do Norte a chamada oligarquia “Albuquerque Maranhão”, que ficou no poder por mais de 20 anos. Proclamada a República em 15 de novembro de 1889, Pedro Velho divulgou uma declaração ao povo do Rio Grande do Norte, afirmando em certo trecho: “Hoje, de um polo a outro, do Atlântico ao Pacífico, há uma só crença: a soberania popular é a lei americana. A alma nacional, inundada de júbilo, destitui o Império e firma-se na capital brasileira um governo provisório composto do grande Quintino Bocaiúva, do invicto General Deodoro e do ilustre publicista Aristides Lobo. A República é a paz, a ordem, a tranqüilidade interna, a harmonia internacional, a civilização e o progresso”.
Pedro Velho terminava de maneira entusiástica sua declaração ao povo do Rio Grande do Norte: “Viva a República! Viva a Pátria brasileira! Viva o povo norte-rio-grandense! Viva o governo provisório!”
O proclamador da República no Rio Grande do Norte foi também deputado federal e senador da República. Era o líder maior do que se convencionou chamar de oligarquia “Albuquerque Maranhão”.
JORNAL A REPÚBLICA - Circulou na segunda-feira, a 1º de julho de 1889. Seu último nº curculou na quarta-feira, dia 27 de fevereiro de 1997. A Republica até hoje, ainda continua sendo a maior fonte de pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte. No Instituto Histório e Geográfico do Rio Grande do Norte dispõe de todos os números desseconceituado e importantíssimo órgão de comunicação de nosso estado, que nunca deveria ter sido extinto. Em suas páginas o Norte-rio-grandense pode encontrar muitos fatos históricos, antes e depois de sua fundação
VICE-GOVERNADOR:
CORONEL SILVINO BEZERRA DE ARAÚJO GALVÃO, natural de Acari-RN, nascido a 15 de abril de 1836. Casado com Maria Febrônia de Araújo. Homem que exercia prestigiosíssima influência política e social desde os tempos monárquicos na Região Seridó do Rio Grande do Norte. Sua filha mais nova, Silvina Bezerra de Araújo (1880 – 1961), casou-se em 14 de setem0bro de 1898, com Juvenal Lamartine de Faria (09/08/1874 – 18/4/1956), filho de Clementino Monteiro de Faria e Paulina Umbelina dos Passos. Coronel Silvino Bezerra faleceu em Natal, no ano de 1921
SECRETÁRIO GERAL
José Moreira Brandão Castelo Branco, natural de Goianinha-RN, nascido a 4 de setembro de 1828 e faleceu e Natal no dia 16 de julho de 1895.
O Dr. Moreira Brandão foi um homem atuante e inteligente em todos os setores de sua vida.
Em tudo deixou marca definida e indelével de sua personalidade honesta e digna.
Foi jornalista, poeta, advogado e político. Patrono da cadeira nº 5, da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.
Como jornalista, iniciou-se, ainda acadêmico, em Olinda, de cuja Faculdade de Direito saiu bacharel em 13 de novembro de 1849, recebera, posteriormente, elogios de Clóvis Beviláquia, notável jurisconsulto, professor, professor Ascendino de Almeida.
Poeta, o ramantismo que dominava à época, quando jovem, teve influência nos seus versos. Há bonita poesia de sua inspiração inicial, sob o título de “Belliza”, na qual se revela poeta amoroso.
Como advogado, Moreira Brandão é conceituado “sendo uma das glórias de nossa tribuna forense”.
Com capacidade intelectual e eloqüente brilhante absolvia os réus que defendia. Quase na sua totalidade. E por aí ele se revelava uma potencialidade corajosa.
Como político, foi a sua preocupação dominante. A sua política era orientada para o bem e o progresso de seu Estado. Ele foi dez Deputado Provincial e três Deputado Geral. Seu eleitorado predominava na Região Agreste Potiguar.
Foi Oficial Maior da Secretaria do Governo de Pernambuco. Causava impressão a organização de seus trabalhos, pela limpedez e ralidez de execução. O Presidente da província, conselheiro Honório Hermeto carneiro Leão, depois, Marquês do Paraná, encantado com a precisão e competência de Moreira Brandão convidou-o para seu Secretário, quando foi nomeado Embaixador do Brasil junto às Repúblicas do Prata. Moreira Brandão declinou do convite, dizendo “interessa-lo unicamente a sua Província”.
Em seu lugar, seguiu José Maria da Silva Paranhos, no futuro, o Barão Visconde do Rio Branco.
Regressa a Natal, definitivamente.
Em 1858 foi diretor da Instrução Pública.
Casou, com Ana Joaquina Moreira, tendo numerosa prole. Sua primeira filha, Maria Rosa, consorciou-se com seu primo, Professor João Tibúrcio da Cunha Pinheiro, notável pedagogo potiguar.
Moreira Brandão foi político que hasteou, no Rio Grande do Norte, a bandeira do Partido Liberal, em oposição às antigas dominações partidárias.
No governo republicano do Dr. Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, o Dr. Moreira Brandão integrava a lista para seus auxiliares diretos. Foi Diretor da Instrução Pública, por ato de 23 de junho de 1891.
Como Deputado, presidiu a Assembléia em 1864-65, 88 e 1889.
Foi o último Presidente do Legislativo Estadual, quando se deu a Proclamação da República.
CHEFE DE POLÍCIA –
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - TENENTE MIGUEL SEABRA DE MELO - 29/11/1889 – 23/8/1892
MINISTRO ENCARREGADO NOS NEGÓCIOS DE AGRICULTURA, COMÉRCIO E OBRAS PÚBLICAS – João Avelino Pereira de Vasconcelos, natural de Natal, nascido a 10 de novembro de 1837 e faeleceu em sua terra natal, a 30 de abril de 19222. Abolicionista historico, fez parte da “Libertadora Norte-rio-grandense”, fundada em 1º de janeiro de 1888. Segundo Câmara Cascudo, foi o maior ‘ladrão’ de escravos de Natal, saltando muros, raptando os negros, às vezes à força, e fazendo-os embarcar, pelo iate jiquiriti, para Mossoró ou Ceará (...). Andava a noite inteira, examinando as possibilidades de diminuir o número de cativos”

2 – ADOLFO AFONSO DA SILVA GORDO – 6/12/1889 – Primeiro governador nomeado pelo Governo Provisório Republicano (Manoel Deodoro da Fonseca), tomou posse a 6 de dezembro de 1889 e governou até 8 de fevereiro de 1890.
Natural de São Paulo-SP, nascido em 12 de agosto de 1858 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 20 de junho de 1929. Nomeado em 30 de novembro de 1889 e tomou posse em 6 de de dezembro de 1889 e governou o Estado do Rio Grande do Norte por apenas dois dias, tendo em vista que em 8 de dezembro daquele ano passou o cargo para seu substituto na pesoa de Jerônimo Américo Raposo Câmara.
SECRETÁRIO Joaquim Theodoro Cisneros de Albuquerque
CHEFE DE POLÍCIA – Jerônimo Américo Raposo da Câmara
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - TENENTE MIGUEL SEABRA DE MELO
3 – JERÔNIMO AMÉRICO RAPOSO CÂMARA – 8/12/1889 – Chefe de Polícia. Assumiu a 8 de fevereiro de 1890 e governou até 10 de março de 1890 por ter autorização telegráfica do Presidente da república Manoel Deodoro da Fonseca
Natural deNatal-RN, nascido a 14 de novembro de 1843 e faleceu em sua terra natal no dia 26 de novembro de 1920. Bacharem em Direito pela Faculdade do Recife, turma de 1868. Em 1896 foi nomeado Promoor Público de minha querida e amada cidade de Mossoró-RN e, depois, de Assu. Em seguida, exerceu o cargo de Juiz Municipal e de Órfãos nas comarcas de Imperatriz, atual Martins, em 1871 e em 1874 na cidade de Pau de Pau dos Ferros.
Prosseguindo na carreira jurídica, foi Juiz de Direito da comarca de Trairi, com sede em Nova Cruz, e em 1888, removido para a comarca de São José de Mipibu. Por algum tempo teve que afastar-se da judiciária, para desempenhar as funções de Chefe de Polícia, as quais voltouaexercer, já no regime republicano, quando foi designado para substituir, provisoriamente, o Governador Adolfo Gordo até a nomeação de seu sucessor.
Eleito deputadi ao Congresso Constituinte do Estado, afastou-se, novamente, da judiciária, e na qualidade de presidente daquele órgão, substituiu, por diversas, o governador PEDRO VELHO. Em 25 de junho de 1892, quando da fundação do Superior Tribunal de Justiça, teve acesso ao cargo de desembargador, sendo escolhido presidente da corte. Foi reeleito para o mesmo cargo por mais cincovezes, até 1898. Elento prestigioso nos meios sício-culturais de Natal, era membro do Instituto Histórico e Geografico do Rio Grande do Norte, desde 1903.
SECRETÁRIO GERAL
CHEFE DE POLÍCIA - Antonio de Amorim Garcia, natural de Fortaleza-CE, nascido a 2 de setembro de 1850 e faeleeu em sua terra natal a 27 de maio de 1913. Filho de José Gervásio de Amorim Garcia e de Rita Antunes de Amnorim Garcia. Em 1874 foi eleito deputado PROVINCIAL PELO Rio Grande do Norte e em 1875 foi 2º Delegado de Polícia da Corte
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - CAP. JOAQUIM JOSÉ DO REGO BARROS - 27/1889 – 29/11/1889 - Natural de Natal, nascido a 19 de maio de 1801 e faleceu em 13 de novembro de 1903. Exerceu a presidência da JUNTA CONSTITUCIONAL PROVISORIA, eleita na conformidade com o Decreto das Côrtes de Lisboa de 1º de setembro de 1821, enviado ao Governo de Pernambuco, ASSIM CONSTITUÍDA: presidente – Joaquim José do Rego Barros, Manoel de Melo Montenegro Pessoa, Padre Francisco Antonio Lumachi de Melo, coronel Luiz de Albuquerque Maranhão, capitão Antonio da Rocha Bezerra, sargento-mor Manoel Antonio Moreira e capitão-mor Manoel de Medeiros Rocha. Os últimos foram excluídos em 25 de janeiro de 1922. Essa junta governou o Rio Grande do Norte no período de 3 de dezembro de 1921 a 7 de fevereiro de 1822. Participou da das lutas da Guerra do Paraguai, como voluntários da Pátria
4 - JOAQUIM XAVIER DA SILVEIRA JÚNIOR - 10/03/1890
4 – Joaquim Xavier da Silveira Júnior– 10/3/1890 -




Nomeado a 8 de fevereiro de 1890, pelo Governo PROVISÓRIO DA República; Natural de Santos-SP, nascido a 11 de outubro de 1864, filho do poeta e orador Joaquim Xavier da Silveira. Bacherel em Direito, formado pela Faculdade de São Paulo, turma de 1886. Orador, jornalista e também porta, advogado e jurisconsulto. Xavier Silveira, foi um ardoroso propagandista da Abolição e da República. No novo regime, exerceu o cargo de delegado de polícia na Capital Federal, sendo, depois, nomeado governador do Rio Grande do Norte, de que empossou a 10 de março de 1890, governando até 19 de setembro de de 1890. Deixando esse cargo, foi nomeado chefe de polícia do Distrito Federal. Presidiu o Conselho Municipal no Rio de Janeiro e exerceu o mandato de deputado federal mas 3ª e 4ª legislaturas, recusando a pasta do Ministério do Interior, para que fora convidado. Na presidência de campos Sales,ocupou, por algum, o cargo de prefeito do Distrito Federal. Era membro do Instituto Histórico e Geografico Brasileiro e presidente do Instituto da ordem dos Advogados. Faleceu a 5 de março de 1912.
5 – PEDRO VELHO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO – 2ª VEZ
Reassumiu novamente o governo do Estado do Rio Grande do Norte por determinação do Presidente da República Manoel Deodoro da Fonseca. Foi nomeado a 11 de setembro de 1890, tomou posse a 19 de setembro de 1890 e governou até 8 de novembro de 1890   
1ª VICE-GOVERNADOR – João Gomes Ribeiro
2º VICE-GOVERNADOR – MANOEL ANDRÉ DA ROCHA, natural de Natal, nascido a 20 de março de 1860 e faleceu em Porta Alegre-RS, a 26 de agosto de 1942. Andre Rocha foi o primeiro norte-rio-grandense a exerer uma reitoria. Ele foi Reitor da Univeridade Federal do Rio Grande do Norte, no período de 1934/37
SECRETÁRIO-GERAL – Alberto Maranhão
CHEFE DE POLÍCIA – Manoel Nascimento Castro e Silva
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - TENENTE MIGUEL SEABRA DE MELO
6 – JOÃO GOMES RIBEIRO – 8/11/1890
Nomeado pelo Governo Cenral a 8 de novembro de 1890, o Dr. João Ribeiro tentou minar as bases de Pedro Velho. Tentou mais não conseguiu, Através de manobra política bem sucedida na então Capital Federal, o Rio de Janeiro, Pedro Velho conseguiu a volta de Nascimento de Castro a 7 de dezembro de 1890. Assumiuo Chefe de Polícia Nascimento de Castro, Chefe de Polícia e amigo fiel do deputado Pedro Velo
SECRETÁRIO GERAL – Alberto Maranhão
7 – MANOEL NASCIMENTO CASTRO E SILVA – 7/12/1890 – Filho de Manoel Nascimento Castro e Silva ((Aracati, 25 de dezembro de 178823 de outubro de 1846) . Filho do capitão-mor José de Castro e Silva e de Joana Maria Bezerra, bacharel em Direito, formado pela Faculdade do Recife, Juiz de Direito. Ele em 20 de janeiro de 1891, promulgou a Constituição Estadual do Rio Grande do Norte, sancionando o Decreto nº 91//91. Foi membro da Junta Governativa do Rio Grande do Norte. Seu pai exerceu apresidência da Província do Rio Grande do Norte, no período de 21 de março de 1824 a 8 de maio de 1826. Além de ter também exercido de Ministro da Justiça e deputado provincial (1834/36)
VICE – GOVERNADOR – Pedro Velho de Albuquerque Maranhão
SECRETÁRIO GERAL – JOAQUIM Ferreira Chaves Filho
8 – Francisco Amintas da Rocha Borges – 2/3/1891 – Francisco Amintas (1841 – 1899), foi vice-presidente da Província do Rio Grande do Norte, nomeado por carta imperial de 8 de dezembro de 1877, tendo assumido a presidência interinamente por duas vezes, de 10 de agosto de 1888 a 14 de outubro de 1888 e de 15 de junho de 1889 a 18 de junho de 1889.
VICE GOVERNADOR – José Inácio Fernandes Barros
Na gestão de ;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;; realizou-se a eleição para a Constituinte e primeira legislatura republicana no Rio Grande do Norte. No dia 30 o Conselho da Intendência Municipal de Natal iniciou a apuração geral concluída a 1º de junho de . Faltavam apenas os municípios de Caicó e São Miguel.
A vitória do governo fora absoluta. A chapa apresentada por Pedro Velho e José Bernardo não conseguiu salvar um só dos vinte indicados. O mais votado alcançara 2.332 votos o menos votado dos governistas atingira 8.153. Diferença de 5.851 votos
A lista oficial foi a seguinte. Revela a primeira mobilização eleitoral do Estado.
Bel. José Inácio Fernandes Barros -......................9153
Umbelino Freire de Gouveia Melo...................9125
Bel. Lourenço Justiniano Tavares de Holanda.........9120
Dr. Francisco Carlos Pinheiro da Câmara...........9117
Bel. Felipe Neri de Brito Guerra..........................6117
Genuino Fernandes de Queiroz .......................9115
Joaquim Guilherme de Souza Caldas.................9106
Antonio Bento de Araújo Lima.........................9099
Dr. Artur de Albuquerque Bezerra Cavalcanti............9098
Manuel Joaquim de Carvalho e Silva...........................9095
Dr.. José Calistrano Carrilhho de Vasconccelos..........9095
CEL PEDRO SOARES DE ARAÚJO, ASSU, 29/8/1855
Pedro Soares de Araújo........................................9031
Bel. Augusto Leopoldo Raposo da Câmara..............9000
Bel. Francisco de Sales Meira e Sá.......................9000
Bel. Manuel de Carvalho de Almeida Castro..................8998
SECRETÁRIO GERAL – Alberto Maranhão
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - TENENTE MIGUEL SEABRA DE MELO
9 – JOSÉ INÁCIO FERNANDES BARROS – 13/6/1891 - Natural de São Gonçalo do Amarante-RN, nascido a 25 de abril de 1844 e faleceu em Ceará Mirim-RN a 17 de outubro de 1907. BACHAREL EM Direito fomado pela Faculdade do Recife, Tuma de 1886. Juiz de Direito da comarca de Jardim do Seridó, em 1875/77, instalou a comarca de Ceará Mirim em 1877, transferiu em 1884 para a cidade de Maroin-SE, onde foi Chefe de Polícia.em 1885. Em 1888 retornou ao RIO Grande do Norte, mas precisamente para a Coamarca de Ceará Mirim onde se aposentou. De maneira fidalga, culto e viajado, impressionava pela superioridade de disntnção pessoal. Como vice-governador admnistrou o Estado em 1891.
ALCIBÁDES DRACON DE ALBUQUEQUE LIMA – nomeado através do Governo Provisório da república de 4 de abril de 1891
Desembargador Alcibíades Dracon de Albuquerque Lima, natural de Aracati, Ceará, nascido a 12 de agosto de 1837 e faleceu em São Paulo, a 14 de janeiro de 1914. Era filho de Herculano Júlio de Albuquerque Melo e de Dona Juliana de Albuquerque, ambos naturais de Pernambuco. Dois meses após seu nascimento, foi com seus pais residir no Recife, onde se dedicou e cursou com brilhantismo a Faculdade de Direito. Diplomando-se em 1836. Iniciou a carreira no Ministério Público em 1864, como Promotor Público em Mossoró. Em 1865, foi nomeado para o cargo de Juiz Municipal, também em Mossoró,que exerceu até 1874, quando foi nomeado Juiz de direito para a Vomarca de Barras do Maratanan, no Piauí, onde residu durante nove anos. Em 1883, foi removido para Mossoró, exercendo o cargo de Juiz de Direito até 1890 Neste espaço de tempo é que muito trabalhou em prol da abolição da escravatura e auxliou grandemente os trabalhos de combate à seca, tendo sido, por isso, agraciado com a Comenda de Cavalheiro da ordem da Rosa. Foi sempre um magistrado digno que exerceu a magistratura com retidão e justiça.Na política do Império militou no Partido Liberal, ao qual sempre pertenceu por princípiose não por partidarismo. Suas idéias foram sempre liberais democráticas e à campanha de libertação dos escravos prestou apoio decidido e eficaz. Contraiu núpcias no recife, em 1865, com Dona Filomena Januária Figueiredo, falecida em 1903. Em 1891, foi transferido para a Comarca de Natal e, em seguida promovido a desembargador para a Relação de Góias, cargo em que se aposentou, quando transferiu sua residência para São Paulo.
SECRETÁRIO GERAL – Alberto Maranhão
CHEFE DE POLÍCIA – Braz de Andrade Melo (São José de Mipibu-RN, 14/4/1866 – Natal – 14/3/1895).
10 – FRANCISCO GURGEL DE OLIVEIRA – 6/8/1891
FRANCISCO GURGEL DE OLIVEIRA, natural de Caraúbas-RN, em 7 de setembro de 1848 e faleceu em Mossoró no dia 7 de janeiro de 1910. Era filho Coronel Antonio Francisco de Oliveira, nascido em Apodi, no dia 10 de dezembro de 1784 e faleceu em Caraúbas em 19 de março de 1871; e de Quitéria Ferreira de São Luiz. Casou-se com sua prima MARIA DOS ANJOS DE OLIVEIRA, natural de Caraúbas, nascida em 2 de agosto de 1849 e faleceu em Mososró em 14 de dezembro de 1878, filha de Luiz Gonzaga de Brito Guerra e Maria Mafalda de Oliveira, com os seguintes filhos: Joana de Oliveira (1868-1875), José Antonio 91869 – 1878), Rosa de Lima Gurgel Pinto (30/08/1871 – 03/04/1921). Casou-se em segundas núpcias em 9 de outubro de 1880, com sua cunhada Apolônia Ferreira da Nóbrega (09/02/1866 – 15/09/1909), com os seguintes filhos: Padre Elesbão Gurgel (27/10/1881 – 27/02/1941), ordenou-se em Terezinha-PI, no dia 24 de fevereiro de 1907; Alzira Gurgel Filgueira (10/4/1886 ), Alcina Gurgel (22/11/1890), Francisco Gurgel da Nóbrega (10/10/1895), Santidio Gurgel de Oliveira (05/01/1897 – 17/11/1968), Alde Gurgel de Oliveira (07/03/1907) e JeremIAS Gurgelm de Oliveira (18/10/1903 – 05/09/1961). Foi prefeito de Mossoró no período de 1877-1880. Deputado Federal pelo Rio Grande do Norte, eleito em 1º de março de 1894 e reeleito na 2ª legislatura, (1897-1899) e Governador do Rio Grande do Norte, no período de 6 de agosto de 1891 a 9 de setembro de 1891. Portanto, esse caraubense de nascimento e mossoroense de coração fazem parte da história da Justiça do Rio Grande do Norte
SECRETÁRIO GERAL – Alberto Maranhão
CHEFE DE POLÍCIA –
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - TENENTE MIGUEL SEABRA DE MELO
PRIMEIRA DAMA
MARIA DOS ANJOS DE OLIVEIRA, natural de Caraúbas, nascida em 2 de agosto de 1849 e faleceu em Mososró em 14 de dezembro de 1878, filha de Luiz Gonzaga de Brito Guerra e Maria Mafalda de Oliveira
11 – MIGUEL JOAQUIM DE ALMEIDA CASTRO , eleito em 12/6/1891 e toma posse em 9/9/1891 – Nasceu no Estado do Ceará, mas precisamente na cidade de Maranguape, a 28 de agosto de 1938. era casado com dona FRANCISCA VERAS SALDANHA, natural de Campo Grande-RN. e faleceu em Recife-Pe no dia 6 demaio de 1901. Filho de MANOEL PINTO DE CASTRO e de  FRANCISCA ANTÔNIA TEIXEIRA Foi descendente de uma das mais importantes famílias do Rio Grande do Norte. Formou-se em Direito pela Faculdade do Recife, tendo inicialmente abraçado a magistratura, posteriormente se dedicou ao comércio em Recife. Participou ativamente da política do Rio Grande do Norte, tendo se filiado durante o Império ao Partido Liberal. Em 25 de maio de 1882 tomou posse na presidência do Piauí, para a qual fora nomeado por decreto imperial, ali permanecendo por cerca deum ano. Na útima eleição da monarquia conseguiu, abrindo cisão no Partido Liberal do Rio Grande do Norte, derrotar no 2º distrito o chefe desse partido, Dr. Amaro Carneiro Bezerra Cavalcanti, que era apoiado pelo presidente da Província. Proclamada a República, não conseguiu se eleger para a Câmara dos Deputados. Aderindo às novas instituições, alistou-se no partido que era chefiado por Pedro Velho e foi eleito deputado à Constituinte Republicana. Foi eleito Presidente do Estado, ocupava o cargo, quando se deu o golpe de Estado, com a conseqüente dissolução do Congresso em 31 de novembro de 1891. Restairado o regime, com a ascensão de Floriano Peixoto ao poder, foi deposto, retirando-se para o Ceará e, depois, para Recife. Foi deputado Federal até 1893, quando abandonou de vez a política, não voltando mais ao Rio Grande do Norte.
Secretário geral – Alberto Maranhão
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - TENENTE MIGUEL SEABRA DE MELO
12 – JUNTA GOVERNATIVA – 28/11/1891: Nomeada pelo presidente da República Floriano Peixoto, tomou posse a 28 de novembro de 1891 e governou até 22 de fevereiro de 1892. A Junta em 16 de fevereiro de 1892 criou o município de Areia Branca, desmembrado do de Mossoró, através do Decreto nº 10, de 16 de fevereiro.
1 - Cel. Francisco de Lima da Silva
2 - Dr. Joaquim Ferreira Chaves
3 – Dr. Manoel do Nascimento Castro Silva
SECRETÁRIO GERAL – FELIPE NERI GUERRA DE BRITO GUERRA
FELIPE NERI DE BRITO GUERRA, nasceu em Campo Grande –RN, a 26 demaio de 1867. Filho do Barão LUIS GONZAGA DE BRITO GUERRA (27.9.1818 – 6.6.1896) e da Baronesa JOSEFINA AUGUSTO DA NÓBREGA. Bacharel em 1890, deputado estadual em 1891/92 e 1936. Promotor público do APODI, Juiz de Direito de MACAU, CAICÓ e MOSSORÓ. Desembargador do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO (criado a 9.06.1892) o qual foi seu l8º presidente, o qual prestou o compromisso constitucional no dia 1º de maio de 1918, tendo recebido a presidência do alexandriense HORÁCIO BARRETO DE PAIVA(16.9.1871 – 18.7.1867) e sendo substituído por JOAQUIM HOMEM DE SIQUEIRA CAVALCANTI(8.6.1857 – 27.10.1952). Aposentou-se em 1926. Faleceu em Natal no dia 4 de maio de l951, com quase 84 anos de idade.
12 – JERÔNIMO AMÉRICO RAPOSO CÂMARA – 22/2/1892 - Assume a administração estadual pela 2ª vez. Tomou posse a 22 de fevereiro de 1892 e governou até 28 de fevereiro de 1892
13 – PEDRO VELHO DE ALBUQUEQUE MARANHÃO – 2/02/1892
PRIMEIRA DAMA - PETRONILA FLORINDA PEDROSA, natural de Natal-RN. Casou-se em Natal a 1º de abril de 1881, com Pedro Velho de Albuquerque Maranhão (11/11/1856 – 09/12/1907)
ALICE DE GODOY BEZERRA, natural do Rio de Janeiro. Casou-se em 1º de setembro de 1917, no Rio de Janeiro, com José Augusto Bezerra de Medeiros (22/9/1884 – 18/5/1971).
MARIA ASTENGO AVELINO, casada com José Georgino Avelino |(31/7/1888 – 02/4/1959).
Assume o governo do estado do Rio Grande do Norte pela 3ª vez, desta vez nomeado pelo presidente da República Floriano Peixoto. Tomou posse a 28 de fevereiro de 1892 e governou até 31 deoutubro de 1895.
Secretário geral – Alberto Maranhão
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - TENENTE MIGUEL SEABRA DE MELO
– FRANCISCO DE PAULA MOREIRA - 29/8/1892 – 14/6/1893
–MAJ. MANOEL LINS CALDAS SOBRINHO - 14/6/1893 – 15/9/1893
– TC FRANCISCO DE PAULA MOREIRA - 15/11/1893 – 10/4/1894
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR
14/7/1893 – 19/9/1893
CAPITÃO MANOEL LINS CALDAS SOBRINHO, natural de Assu-RN, nascido a 27 de janeiro de 1854 e falecido em Natal no dia 27 de maio de 1921, filho de Otávio Augusto Caldas de Amorim e dona Ernestina Caldas de Amorim. Era irmão de João Percival Lins Caldas (15/7/1847 – 19/2/1886) e Ulisses Olegário Lins Caldas (5/5/1846 – 7/11/1866), ambos morreram na Guerra do Paraguai, no combate do Forte do Estabelecimento, nas linhas de Humaíta, pessoal comandado pelo marquez Luiz Alves de Lima e Silva – Duque de Caxias (militar fluminense, 25/8/1803 – 7/5/1880).
Lins Caldas comandou a Polícia Militar por quase 20 anos, em três períodos; XXI comandante. de 14 de julho a 15 de setembro de 1893, tendo recebido o comando do Major Francisco de Paula Moreira (23/8/1892 – 14/7/18930, sendo substituído pelo Tenente Coronel Francisco de Paula Moreira (15/11/1893 – 10/4/1894); XXIII comandante, de 14/4/1894 a 7/11/1894, passando para seu substituto legal, o Tenente Coronel José da Costa Villar Filho (7/11/1894 – 14/1/1895); XXV comandante, de 14/1/1895 a 22/12/1913), tendo sido substituido pelo Coronel Antônio Pereira de Brito (23/12/1913 a 4/1/1914).
O Coronel Lins Caldas foi também escritor, colaborador em diversos jornais de Natal, depois de reformado, passou ele a gerenciar o jornal oposicionista “A O pinião, de propriedade de Antonio Alves, cujo primeiro número deste jornal circulou no dia 21 de abril de 1919. Era diário e possuia um corpo de colaboradores de primeira ordem. No dia 16 de setembro, passou a funcionar como “Òrgão do Partido Republicano do Rio Grande do Norte, suborduinado, politicamente, à direção da Comissão Executiva do mesmo partido, embora mantendo o diretor (Antonio Alves) e o gerente (Coronel Luis Caldas) dos primeiros dias. A Opinião foi extinto no ano de 1921.
O Coronel Caldas foi homenageado em Natal, seu nome hoje é nome de uma das principais Praças da Capital, Praça Luis Caldas, uma justa homenagem, pois ele acha-se indossoluvelmente ligado a nossa querida e amada Polícia Militar, da qual foi comandante por quase vinte anos, como já informamos anteriormente. Comandou a nossa gloriosa corporação com disciplina, respeito à hierarquia, transmitindo aos seus comandados o sentimento de ordem e obediência. Fiscalizava frequentemente os uniformes da tropa, exigindo asseio e atenção ao fardamento. Ao soldado descuidados, ele sentenciava: “Soldado desabotoado por fora é indisciplinado por dentro
CHEFE DE POLICIA
PRIMEIRO GOVERNADOR ELEITO PELO VOTO POPULAR ( DIRETA)
15 – JOAQUIM FERREIRA CHAVES, eleito em 14 de junho de 1895 e tomou posse em 25 de março de 1896. Ferreira Chaves escolheu como seu companheiro de chapa
Dr. JOAQUIM FERREIRA CHAVES FILHO , eleito em 14 de junho de 1988, na primeira eleição direta do Estado do Rio Grande do Norte para o cargo de governador e vice-governador, tendo sido eleitos Joaquim Ferreira Chaves e Francisco de Sales Meira e Sá, para governador e vice respectivamente. Joaquim Chaves assumiu o governo no dia 25 de março de 1986, ficando no cargo até 25 de março de 1900. Seu vice-governador Meira e Sá assumiu de 24 de julho de 1897 a 31 de julho de 1897.
Natural de Recife-PE,nascido a 15 de outubro de 1852 e faleceu no Rio de Janeiro, a 12 de março de 1937, desembargador Ferreira Chaves
PRIMEIRO GOVERNADOR ELEITO PELO POVO POTIGUAR
- Ele foi o primeiro governador do Rio Grande do Norte eleito pelo povo através do voto em aberto, conhecido como “voto de bico de pena”, graças ao qual as oligarquias dominantes se perpetuavam no poder. Ferreira Chaves obteve 10.342 votos, contra 705 do opositor José Moreira Brandão Catelo Branco (Goianinha-RN, 04/09/1828 – Natal, 16/07/1895) Ferreira Chaves, logo ao chegar ao Rio Grande do Norte, ingressou na magistratura, tendo trabalhado em diversas comarcas do interior do Estado. Conheceu os Albuquerque Maranhão, principalmente Pedro Velho, a quem se ligou politicamente com extrema fidelidade, o que lhe rendeu dois mandatos de governador do Estado. Por sugestão do amigo e protetor, Ferreira Chaves modificou a Constituição do Estado, reduzindo, de 35 para 25 anos, a idade mínima para o cidadão ser candidato ao governo do Estado. A medida sugerida por Pedro Velho caía como uma luva no figurino de Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão, irmão de Pedro Velho, que viria a ser sucessor de Ferreira Chaves. Este foi, ainda, ministro da Marinha e da Justiça no governo Epitácio Pessoa.
Perseguição - Autoritário, Ferreira Chaves detestava as críticas ao seu governo e perseguia os adversários. Na sua gestão, sob o pretexto de reformar a magistratura do Estado, aposentou cinco juízes e cinco desembargadores, que não rezavam em sua cartilha política. Perseguiu sem tréguas a justiça, a imprensa e a oposição. Seu lema era: “benefícios da lei para os governistas e os rigores da lei para os oposicionistas”.O seu principal oposicionista era o jornalista Elias Souto, do “Diário de Natal”, crítico feroz dos seus atos administrativos. O governador Ferreira Chaves não lhe dava chance, perseguindo-o por toda parte e forçando-o a render-se, ao que Elias Souto rejeitava e reagia, de maneira violenta, com artigos contundentes e incisivos. Elias Souto, para livrar-se da prisão, requereu “habeas corpus” preventivo.
COAÇÃO - A atitude tomada pelo governador Ferreira Chaves contra membros do judiciário obteve a pior repercussão no Rio Grande do Norte, até por sua condição de magistrado. Além dessa desfeita à Justiça, Chaves nomeou para os cargos vagos amigos e advogados inexperientes, mas que eram dóceis à sua vontade soberana; agia como um imperador e não admitia que suas decisões fossem contestadas. A opinião pública do Estado sabia, e a imprensa noticiou, que os magistrados aposentados foram vítimas de perseguição política.Ferreira Chaves, no seu governo, quebrou o monopólio do sal no Rio Grande do Norte, pertencente à Companhia Comércio e Navegação, que, a pretexto de defender os salineiros através de um “sindicato”, transformou-se num monopólio lesivo aos interesses do Rio Grande do Norte. Chaves entrou na briga, ganhou a causa, e o Estado passaria a receber muito mais, eliminando assim o prejuízo que, há muitos anos, o erário vinha sofrendo. Segundo se comentava na época, a Companhia Comércio e Navegação tinha obtido esse favorecimento porque ajudava as campanhas políticas do grupo governista. Deve ter sido essa a única vez que Ferreira Chaves contrariou os interesses do seu protetor. Ao terminar seu primeiro mandato, elegeu-se senador através de uma jogada política. Pôs um candidato “laranja” ao Senado, Francisco Rocha Fagundes, conhecido como “Chico Gordo”. Meses depois, este renunciava ao mandato, como a oposição denunciara, e, logo depois, o ex-governador Ferreira Chaves era eleito para o Senado da República. Antes de concluir o governo, dotou Natal da iluminação de gás acetileno. Em seu segundo governo, dentre outras obras, como escolas, açudes e estradas, construiu a residência oficial, à qual deu o nome de “Vila Cincinato” em homenagem ao neto, Cincinato Galvão Ferreira Chaves.
OLIGARQUIA - Durante seu segundo mandato, Ferreira Chaves voltou-se contra a oligarquia Albuquerque Maranhão. Era a criatura rebelando-se contra o criador. Desmantelou toda a estrutura familiar que lhe deu todo o apoio no início da sua carreira política. Não suportando o desprestígio do ex-amigo e correligionário, o ex- governador e ministro Tavares de Lira rompeu com ele. Escreveu um “carta aberta” aos seus amigos e correligionários, na qual, depois de explicar o gesto do rompimento formal, recomendou-lhes que “não podendo combater e nem devendo apoiar, nosso caminho está, naturalmente, traçado – a abstenção”. Juntamente com Alberto Maranhão, Tavares de Lira fundou o jornal “A Opinião”, para combater o governador. Mas, apesar da oposição sistemática e virulenta, Ferreira Chaves elegeu seu sucessor, Antônio de Sousa.
UMA GRANDE OBRA - Foi a construção da primeira ponte metálica sobre o rio Potengi , em Natal, erguida e inaugurada no governo Ferreira Chaves, no dia 20 de abril de 1916, durante seu segundo mandato. Na época, foi considerada uma obra marcante em toda a região Nordeste, destinando-se inicialmente ao escoamento da produção salineira e açucareira do interior do Estado para o porto de Natal.
VICE-GOVERNADOR:
Henrique Castriciano de Souza , natural de Macaíba-RN, a 15/3/1874 e faleceu em Natal a 26/7/1947). Jornalista, professor, historiador, diretor de Colégios no Rio Grande do Norte, Chefe de Polícia do Governo Lamartine, membro de diversas instituições culturais, entre as quais da ANL, cadeira nº 2 e e do IHGRN. Henrique Castriciano de Sousa, irmão do jornalista e senador da República Eloy de Sousa e da poetisa Auta de Sousa.
SECRETÁRIO GERAL - ALBERTO MARANHÃO
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR – TC JOSÉ DA COSTA VILAR FILHO - 7/11/1894 – 14/11/1895
–MAJ. MANOEL LINS CALDAS SOBRINHO - 14/1/1895 – 22/12/1913
PRIMEIRA DAMA

ALEXANDRINHA BARRETO FERREIRA CHAVES, natural da povoação de Barriguda, na época, encravada no território municipal de Martins-RN,atual cidade de Alexandria-RN, nascida a 5 de outubro de 1854, filha de Domingos Velho Barreto e de Ignácia Francisca de Albuquerque.
De acordo com o ..........., diz o seguinte: “Segundo relato apresentado em 8 de julho de 2005 por seu sobrinho bisneto, Aldo Barreto de Paiva, residente em Nata-RN, com 85 anos de idade, Alexandrina, ainda muito jovem, estava no Sítio Curral Velho, conduzindo uma lata d’água na cabeça quando dela se aproximou o Dr. Joaquim Ferreira Chaves Filho, pernambucano e, na época Promotor de Justiça da Comarca de MAIORIDADE (Martins).
Narra ainda Aldo Barreto que, deimediato, Ferreira Chaves ficou encantado com a jovem, por quem se disse apaixonado. Ao ouvir Alexandrina afirmar que não sentia paixão por ele, o Promotor insistiu na tentativa de conquista, terminando por pedir a pretendida em casamento, quando então, recebeu resposta positiva.
E, assim, em 9 de fevereiro de 1875, na cidade de Imperatriz (Martins), ocorreu o casamento religioso de JOAQUIM Ferreira Chaves Filho e Alexanadrina Barreto, a qual acrescentou ao seu nome os patronímicos Ferreira Chaves, havendo nascido, dessa união, Cindinato, Maria Luiza, Maria de Lourdes e José Barreto Ferreira Chaves, este último o único a alcançar a vida adulta.
Vítima de moléstia de Addison, decorrente de uma gripe, Dona Alçexandrina faleceu em 10 de janeiro de 1921, às 11:00 horas, na sua residência, situada na Rua Conde do Bonfim, nº 70, na cidade do Rio de Janeiro, aos 66 anos, sendo o registro de óbito lavrado, na mesma data, as fls. 82 verso, do livro C-113, sob o nº 63, da atual 8ª Circunscriçãodo Registro Civil das pessoas Naturais e Tabelionato, do Bairro da Tijuca. O sepultamento ocorreu no Cemitério São Francisco Xavier, Caju, na então capital da Reública
Casou-se em 9 de fevereiro de 1875 com Joaquim Ferreira Chaves (15/10/1852 – 12/3/1937

16 – ALBERTO FREDERICO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO
– 25/3/1900-eleito em 14/6/1895
VICE -GOVERNADOR - JOÃO DIONÍSIO FILGUEIRA
SECRETÁRIO GERAL – HENRIQUE CASTRCIANO DE SOUZA
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) teve sua inauguração em 29 de março de 1902. Foi idealizado por historiadores, intelectuais e políticos, como Alberto Maranhão, Henrique Castriciano, Eloy de Souza e Pedro Avelino.
O IHGRN possui em sua biblioteca um acervo de mais de 25 mil volumes, e objetos como o primeiro cofre da província, a pia que pertenceu à Matriz de Natal, a estola que pertenceu ao Padre Miguelinho e a mesa em que Pedro Velho trabalhava.
Inicialmente, o instituto chamava-se Casa da Memória e não tinha sede própria. Hoje, o IHGRN está localizado na Rua da Conceição, 622, Cidade Alta. Quem quiser mais informações sobre a instituição pode ligar para o número 3221-1228.
CHEFE DE POLÍCIA
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - MAJ. MANOEL LINS CALDAS SOBRINHO
PRIMEIRA DAMA - INÊZ BARRETO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO, natural de Natal, casada com Alberto Frederico de Albiquerque Maranhão ( 02/10/1872 – 01/02/1944)
17 – AUGUSTO TAVARES DE LIRA
Posse – 25/3/1904 - Renunciou – 05/11/1906
Augusto Tavares de Lira*, genro de Pedro Velho, advogado, 32 anos, também foi beneficiado pela reforma constitucional de Ferreira Chaves, a qual reduziu, de 35 para 25 anos, a idade para se chegar ao governo do Estado. Governou o Estado com “mão de ferro” durante os dois anos em que esteve no exercício do poder. Sufocou a o oposição, empastelou jornais e mandou espancar adversários políticos.
No governo Tavares de Lira foi criado o Banco de Natal, e o seu primeiro presidente foi o coronel Olympio Tavares, primo do governador. Deste banco, as famílias Albuquerque Maranhão e Tavares de Lira detinha 37% das ações. Entre os 113 acionistas, 22 pertenciam a ambas. Era praticamente um banco familiar, cujas ações dividiam-se entre amigos.
Convite - Ao visitar o Rio Grande do Norte, em 1906, o presidente da República Afonso Pena, que fazia viagem pelo Nordeste, gostou de Tavares de Lira e o convidou para ser ministro da Justiça e Negócios Interiores. Por insistência de Pedro Velho, ele aceitou o cargo e renunciou ao mandato de governador do Rio Grande do Norte. A exemplo do que praticara no governo, levou para o Ministério vários parentes.
Tavares de Lira foi ainda deputado federal (antes de chegar ao governo), governador do Estado por dois anos, ministro da Justiça, senador da República, por duas vezes ministro interino da Fazenda, ministro da Viação e Obras, ministro do Tribunal de Contas e da União, tendo chegado à sua presidência. Graças à uma atuação nos governos Afonso Pena e Wenceslau Braz, tornou-se um nome de prestígio nacional, não somente pelo saber jurídico, mas pela competência de administrador nos altos escalões da República. Intelectual, historiador, jurista e professor, Tavares de Lira faz parte da história do Rio Grande do Norte como um dos seus filhos mais ilustres.

O historiador Rocha Pombo, ao escrever-lhe uma carta agradecendo o livro “História do Rio Grande do Norte”, afirmou em certo trecho: “Minhas respeitosas saudações, volto hoje a renovar meus agradecimentos pelo magnífico brinde que se dignou a fazer-me, do exemplar de seu novo livro ‘História do Rio Grande do Norte’. Acabo não apenas de ler, mas de estudar as excelentes e magistrais lições que V. Excelência, neste esplêndido volume, reuniu.”
Jurista - Além de político e historiador, Tavares de Lira foi um notável jurista, com trabalhos publicados nas principais revistas especializadas em Direito. Seus pareceres eram acatados e respeitados por sua cultura jurídica. Quando o presidente Afonso Pena passou por Natal e convidou-o para o cargo de ministro da Justiça, já trazia informações favoráveis sobre o jovem advogado que, aos 32 anos de idade, já se tornara governador. Com sua renúncia terminou o primeiro ciclo oligárquico na política do Rio Grande do Norte. Foi o fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, dotando-o de sede própria no seu governo, que durou apenas dois anos. Constam ainda, como realizações suas, a praça Augusto Severo e a sede do Poder Legislativo, atual sede OAB/RN, na Ribeira. Tavares de Lira desfrutava do prestígio nacional, tendo sido amigo de Hermes da Fonseca, Wenceslau Brás, Miguel Calmon, Barão do Rio Branco e de Rui Barbosa. A este último assessorou, juridicamente, com muita competência, durante os litígios fronteiriços do Rio Grande do Norte com o Ceará. Tavares de Lira nasceu em Macaíba, em 25/12/1872, e faleceu no Rio de Janeiro, em 02/12/1958.
DOIS VICE-GOVERNADORES:
PRIMEIRO - Juvenal Lamartine de Faria, assumiu em 25 de março de 1904 e renunciou ao mandato 17 DE NOVEMBRO DE 1905, por ter sido eleito deputado federal.
SEGUNDO - Manoel Moreira Dias – ver biografia a seguir:
18 – Manoel Moreira Dias – 05/11/1906 - Natural de Recife-PE, nascido a 7 de abril de 1862 e faleceu em Natal no dia 29 de dezembro de 1908. Era formado em Direito pela Faculdade do Recife, turma de 1866. Em 1866 assumiu a Promotoria Pública da Comarca de maioridade, atual cidade de Martins-RN e esteve nesse cargo até 1892 quando foi nomeado Juiz de Direitoda mesma. Exerceu os cargos de Secretário de Governo e Chefe de Polícia no Rio Grande do Norte. Deputado Estadual nos triênios 1892/94 e 1995/97, pelo seu dinanismi foi eleito presidente do Legislativo Estadual.
Mas a sua trajetória política não parou aí,pois em 17 de dezembro de 1905 foi eleito vice-governador, na vaga de Juvenal Lamartine de Faria que fora eleito Deputado Federal. Nesse caráter governou, o Rio Grande do Norte de 5 de novembro de 1906 a 23 de fevereiro de 1907 por ter o governador Augusto Tavares de Lira renunciado ao mandato e aceitado o cargo de Ministro da Justiça no governo do presidente Afonso Pena. Foi também Presidente do Supremo Tribunal de Justiça do Estado por dois anos sucessivos.
SECRETÁRIO GERAL
AMPHIOQUIO CARLOS SOARES DA CÂMARA, natural de Natal, nascido a 25 de outubro de 1889. Iniciou-se na vida pública cpmo inspetor de Estado, percorrendo o Estado, na tarefa de implantar a Reforma do Ensino (Lei nº 409, de 1916). Bacharel pela Faculdade de Direito do recife, turma de 1921, desempenhou no Rio de Janeiro, de 1921 a fins de 1923, a comissão de delegado geral do Rio Grande do Norte junto à Exposição Internacional do Centenário. Em 1924, ainda na então gestão capital do país, representou o Estado no Musseu Comercial e Agrícola do Ministério da Agricultura. Voltou a Natal, em 1925, para assumir o cargo de Secret-ario Geral do Estado, para o qual fora nomeado pelo Governador José Augusto. Sob a sua direção, a Secretaria Geral sofreu ampla reforma, passando a ser “um modelo deorganização”;
Criado o Departamento de Estástica do Estado, foi encarregado daimplantaçãi e nomeado seu diretor (1927). Também exerceu em diversas fases da vida, os seguintes cargos, Inspetor de Ensino junto ao Ateneu Norte-Riograndense, Diretor da Imprensa Oficial do Estado e Diretor Geral do Departamento Geral do DEPARTAMENTO DE Educação (1933/35).
Como jornalista, teve destacada atuação em Natal. Fundou e dirigiu “A Semana” (1915), Notícias (1912/25) e colaborou em ‘O Dia”, “O Tempo”, “Jornal daManhã” “A Imprensa” e a “A República”.
Intelectual dedicado ao estudo da geografia, da estástica e ciências afins. Ele deixou trabalhos de pesquisa e divulgação, que valeu como documentário sobre o Rio Grande do Norte, na segunda década do século XX. Faleceu em Natal, a 16 de junho de 1957.
29/06/1905 – Inauguração dos primeiros trechos de iluminação em Natal, realizada pela Empresa de melhoramentos de Natal, do grupo Vale Miranda & Domingos Barros. Antes dessa importante obra já se conhecia Luiz elétrica na cidade de Natal, não em ruas públicas: 12 de julho de 1892, a fábrica de tecidos de Jovino Barreto tivera lâmpadas elétricas.
SECRETÁRIO GERAL –Antonio José deMelo e Souza
DEPARTAMENTO DA FAZENDA – Cleto Ligório da Câmara, natural de natal, nascido a 22 de agosto de 1891 e faeleceu em sua terra natal a 29 de agosto de 1955. Bacharel em Ciências e Letras pelo ATHENEU Norte-riograndense, turma de 1910. Bacharel em Ciências e Sociais pela Fauldade de Direito do Recife, em 1913.
CHEFE DE POLÍCIA –
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - MAJ. MANOEL LINS CALDAS SOBRINHO
PRIMEIRA DAMA - SHOPIA EUGÊNIA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO, natural de Natal. Casou-se em Natal, a 21 de janeiro de 1902, com Augusto Tavares de Lira (25/12/1872 – 21/12/1958)
19 – ANTONIO JOSÉ DE MELO E SOUZA – 23/2/1907 – Natural de Papary (Nísia Floresta) em 24 de dezembro de 1867, filho de José de Mell e Souza e de Maria Emília Seabra de Mello e Souza. Faleceu em Recife-PE, a 5 de julho de 1955/12/1867. Foi advogado, jornalista e escritor. Em 1892 elegeu-se deputado estadual. Em 1988 foi eleito Senador da república. Duas vezes governador do Estado do RIO Grande do Norte
Eleito para completar o governo de Tavares de Lira, que renunciou em renunciou ao mandato 17 de novembro de 1905, por ter sido eleito deputado federal. O jornalista e advogado Antônio de Souza*, como era conhecido, governou o Rio Grande do Norte por duas vezes. A primeira em substituição a Tavares de Lira (1906 a 1908), que renunciou ao mandato com apenas dois anos no poder, para ser ministro de Estado no governo Afonso Pena. Na segunda vez, cumpriu integralmente o mandato para o qual foi eleito (1920 a 1924).
Antônio de Souza era um intelectual respeitado pela sua cultura humanista. Formou-se em Direito, em Recife, e foi promotor em Goianinha, tendo sido depois procurador da República. Nas interventorias de Herculino Casardo e de Mário Câmara, durante o governo provisório, ocupou os cargos de secretário geral do Estado. Começou na política como deputado estadual, tendo sido também senador da República por duas vezes. Era natural de Papary, hoje Nísia Floresta, na região Agreste.
INTELECTUAL - Apesar dos seus afazeres profissionais, Antônio de Souza exercia ainda atividades intelectuais, publicando artigos, contos e crônicas na imprensa local, sob o pseudônimo de Polycarpo Feitosa, além de ter publicado outras obras literárias. Na República Velha, foi o terceiro governador do Rio Grande do Norte a voltar ao poder, a exemplo de Ferreira Chaves e Alberto Maranhão. O governador Antônio de Souza, como Ferreira Chaves, também era ligadíssimo aos Albuquerque Maranhão. No seu governo, precisamente em 1907,foi promulgada uma nova constituição para o Rio Grande do Norte, a qual ampliou o mandato de governador de quatro para seis anos. Dizem os historiadores que essa iniciativa tinha a finalidade de beneficiar Alberto Maranhão, que viria a sucedê-lo no governo do Estado, após seu primeiro mandato.
CULTURA - Como homem ligado á cultura, Antônio de Souza deu ênfase à construção de escolas pelo interior do Estado. Criou a Escola Normal de Mossoró e as diretorias gerais de Agricultura e Viação de Obras. Foi o primeiro governador do Rio Grande do Norte a se preocupar com os assuntos agrícolas e agrários do Estado. Durante seu governo, incentivava os movimentos literários promovendo as atividades intelectuais, de onde surgiam novos talentos. É autor dos romances de costumes “Gizinha” e “Flor do Sertão”. Foi ainda sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Solteiro convicto, Antônio de Souza morava na residência oficial em companhia de familiares. Homem de hábitos simples e austero, não permitia perseguições à professores ou outros funcionários públicos por motivos políticos. Durante seu governo, um grupo de escoteiros do Rio Grande do Norte foi a pé até São Paulo, e o feito ficou conhecido como “escoteiros andantes”; também foi construída a praça Sete de Setembro, em frente ao palácio do governo, inaugurada durante o centenário da Independência do Brasil, em 1922. Numa de suas últimas mensagens à Assembléia Legislativa, o governador Antônio de Souza afirmava que “nunca um magistrado recebera pedidos da administração estadual nem mesmo quando os interesses do Estado se debatiam; nunca um professor foi nomeado ou demitido por perseguição ou solicitação de políticos; nunca o servidor público esteve ameaçado por conveniências ou influências dessa espécie. Antônio de Souza transmitiu o cargo ao seu sucessor José Augusto Bezerra de Medeiros.
Durante seu primeiro mandato (1906 a 1908), com a vacância do cargo de vice-governador, respondia constitucionalmente o Presidente do Congresso Estadual (hoje Assembléia Legislativa), deputado Manoel Moreira Dias. No segundo Mandato (1920 a 1924).
VICE-GOVERNADOR

20 – ALBERTO FREDERICO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO - – 25/3/1908
Natural de Macaíba-RN, nascido a 2 de outubro de 1872 e faleceu em Papari no dia 1º de fevereiro de 1944e faleceu em Recife-PE no dia 5 de dezembro de 1907, filho de Amaro Barreto Albuquerque Maranhão e Feliciana Maria da Silva Pedroza, esta filha de Fabrício Gomes Pedroza, senhor de engenho e grande comerciante em Macaíba e de Dona Luiza Pedroza.
A facunda vida pública do futuro governador do Estado, em dois mandatos, começa já em 1892, ao formar-se pela Faculdade de Direito de RECIFE. Nesse mesmo ano,integra a equipe do governador Pedro Velho, seu irmão. A partir daí, seguem-se novos encargos na esfera política; PROCURADOR GERAL DO Estado, em 1898; deputadi federal de 1904 a 1908, governador,outra vez, de 1908 a 1913; deputado federal de 1914 a 1930, quando preferiu a representação do Estado junto à Associação Comercial do Rio
VICE-GOVERNADOR
Francisco de Salles Meira e Sá, natural de Sousa-PB, nascido a 29 de janeiro de 1856 e faleceu em Natal no dia 15 de dezembro de 1920, filho de Olinto José Meira (presidente da Província do Rio Grande do Norte, de 30/07/1863 a 21/8/1866) e de Maria Joaquina de Albuquerque e Sá. Foi um dos grandes responsáveis pela construção da estrada de ferro Mossoó a sua terra natal. Era Casado com MARIA PACHECO MEIRA E SÁ, natural de Ceará-Mirim-RN, nascida a 2 de outubro de 1871 e faleceu no Rio de Janeiro, a 9 de outubro de 1947, filha dejOÃO Secundinho Pereira Pacheco (JAJÃO) E DE Rosa Pereira Pacheco (Rosinha) Na vida política cumpriu os mandatos nos períodos a seguir mencionados: Deputado Estadual (1891), Vice-governador (1896 a 1900, e como vice assumiu o governo do Estado no período de 24 de julho de 1897 a 31 de julho de 1897; Senador (1907/09 e Senador (1909/10). Foi eleito pelo PRF-Partido Republicano Federal. No senado, foi Presidente da Comissão de Justiça e Legislação. Fez o curso Secundário no Colégio São Bernardo, em Recife-PE. Casou-se em 28 de janeiro de 1887, em Ceará-Mirim-RN, com Maria PACHECO Meira e Sá. Foi Chefe de Polícia (1892/1895). Promotor e Juiz Municipal, Desembargador (1895/1907), Membro do Tribunal, presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, no período de 31/8/1898 a 1906); Membro do Tribunal Superior (Presidente), Juiz Federal (1910/1920). Meira e Sá, patrono de Rua na cidade de Mossoró, foi fundador e diretor do Colégio São Francisco de Sales, em Ceará Mirim-RN; criou o Popular Instituto Literário; Chefiou a Companhia Abolicionista criando o jornal A Liberdade de Ceará Mirim. Foi eleito senador na vaga de José Bernardo, reeleito em 1909, renunciou ao mandato em 1910 dando a vaga a Augusto Lyra Tavares. Foi presidente do Instituto de Proteção a Infância e da Liga de Ensino e Membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico do RN.
SECRETÁRIO GERAL
1 – Augusto Leopoldo Raposo da Câmara
2 – Joaquim Lourival Soares da Câmara

3 -FRANCISCO PINTO DE ABREU - 1911-1913
Natural de Campina Grande-Pb, nascido em 25 de novembro de 1896, filho de  BERNARDO PINTO DE ABREU  e de  CÂNDIDA LEOPOLDO DE OLIVEIRA
FONTE - BLOG CONSTRUINDO A HISTÓRIA
DEPARTAMENTO DE SAÚDE – Manoel Varela Santiago Sobrinho, natural de Touros, nascido a 28 de abril de 1885 e faleceu em Natal a 15 de junho de 1977
DEPARTAMENTO DA FAZENDA Joaquim Inácio
DIRETOR GERAL DE INSTRUÇÃO PÚBLICA - MANOEL GOMES DE MEDEIROA DANTAS – 2/11/1911 – 1924
CHEFE DE POLÍCIA – Antonio Saores de Araújo, natural de Assu-RN, nascido a 21 de julho de 1879, filho de Pedro Saores de Araújo e de Ana Senhorinha Soares. Bacharel pela Faculdade de Olinda-PE, turma de 1902. Promotor Publico em São José de Mipibu, Juiz de Direito em Apodi e Martins. Chefe de Polícia no Governo de Alberto Maranhão. Faleceu em Natal, a 24 de junho de 1973.
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR –
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - MAJ. MANOEL LINS CALDAS SOBRINHO
21 – JOAQUIM FERREIRA CHAVES – 01/01/1914 – Governou o Rio Grande do Norte, pela segunda vez,a primeira no período de 25 de março de 1896 a 25 de março de 1900, eleito pelo voto popular e secreto. A segunda, foi nomeado pelo presidente da república. Tomou poose a 1º de janeiro de 1914 e governou até 1º de janeiro de 1920
VICE GOVERNADOR – Henrique Castriciano de Souza
SECRETÁRIO GERAL –
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR
26 – CEL ANTÔNIO PEREIRA DE BRITO - 23/12/1913 – 4/1/1914
TC - JOAQUIM ANSELMO PINHEIRO FILHO - 05/01/1914 A 20/06/1928
JOAQUIM ANSELMO PINHEIRO FILHO (QUINCÓ) – Faleceu em 12 de janeiro de 1950 – Antigo comandante do Batalhão da Polícia Militar. “Serviu7 a quatro governadores, como Ajudante-de-Ordens” – Diz Rômulo Wanderley.
“Iniciou com Pedro Velho, em 1886, e passando por Augusto Tavares de Lira, Joaquim Ferreira Chaves, e Alberto Maranhão, l8 anos nessa agradável tarefa.
“Somente voltou à caserna para outra comissão também importante: a de comandar a corporação, cargo que permaneceu por 14 anos”.
22 – ANTONIO JOSÉ DE MELO DE SOUZA – 01/01/1920
Em 7 de setembro de 1919 o governador Ferreira Chaves elegeu seu sucessor Antonio José de Souza e Melo, derrotando o mossoroense João Dionisio Filgueira. Esta derrota determinou o fim da oligarquia Albuquerque Maranhão que havia dominado o Estado por quase três décadas
VICE-GOVERNADOR: HENRIQUE CASTRICIANO DE SOUSA - Reeleito
SECRETÁRIO GERAL – AUGUSTO LEOPOLDO RAPOSO DA CÂMARA
CHEFE DE GABINETE - SEBASTIÃO FERNANDES DE OLIVEIRA
Sebastião Fernandes de Oliveira, natural de Natal, nascido a 11 de março de 1880. Bacharel em direito, promotor público, juiz de direito, desembargador, chefe de Polícia, Secretário Geral do Estado, jurista, poeta, teatrólogo, primeiro diretor da Escola de Artífices, posteriormente Escola Técnica Federal e hoje CEFET-Centro Federal de Educação Tecnológica. Imortal da Academia Norte Riograndense de LETRAS, CADEIRA 15. Faleceu em sua terra natal no dia 29 de maio de 1941.
COMANDANTE DA POLICIA MILITAR - TC - JOAQUIM ANSELMO PINHEIRO FILHO
DIRETOR GERAL DE INSTRUÇÃO PÚBLICA - MANOEL GOMES DE MEDEIROA DANTAS
DIRETOR DO TEATRO CARLOS GOMES – Alcides Brunetti Cico, natural de São José de Mipibu-RN, nascido em 1886 e faleceu em Natal, a 19 de junho de 1959. O Brunnetti do seu nome, não era de família. Por considerá-lo bonito, nome de tenor dramático, adotou-o. Em 1926, foi nomeado Diretor do Teatro Carlos Gomes, atual Alberto Maranhão, e durante sua gestão, à frente de nossa mais tradicional casa de espetáculos, Alcides procurou desenvolver o estado do canto, através de sociedades, instituto e cursos que criava, nos quais estava sempre transmitindo os seus conhecimentos musicais, aos açunos matriculados, sendo, algumas vezes, o único professor.
23 – José Augusto Bezerra de Medeiros - – 01/01/1924
26 – José Augusto Bezerra de MEDEIROS, natural de Caicó-RN, nascido a 22 de de setembro de 1884, filho de JManoel Augusto Bezerra de Araújo e de Cândida Olindina de Medeiros. Foi professor, advogado, juiz. Foi deputado estadual (1913-1915), deputado federal 91915, 1918, 1921, 1946 1947), Governador (1924-1927), Senador (1928-1930).
José Augusto foi ainda Procurador da República, em 1905, Professor de História e Geografia do Atheneu Norte-Rio-grandense (1906-1908), Fiscal do Governo Federal junto ao Colégio Abílio (19070, Diretor do Atheneu (1910), Juiz de Direito da Comarca de CAICÓ (1911), Chefe de Polícia Interino (1912) e Secretário no Governo de Joaquim Ferreira Chaves (1913). Faleceu no Rio de Janeiro a 18 de maio de 1971. Foi eleito membro da ANL em 22 de julho de 1943.
Obs.: 1 - No período de 29 de julho de 1925 a 1º de setembro de 1925, na ausência do governador e do vice-governador FELINTO ELISIO DE OLIVEIRA AZEVEDO (22/11/1852 – 11/04/1944), assumiu o governo do Estado; 2 – Na ausência do governador, o vice Augusto Leopoldo addminstrou o Estado nos seguintes períodos: 03/02/1925 A 02/03/1925, DE 30/04/1925 A 01/01/1925, DE 26/06/1925 A 30/06/1925, DE 03/08/1926 a 06/08/1926; e de 31/01/1927 a 26/02/1927.
Vice governador
AUGUSTO LEOPOLDO RAPOSO DA CÂMARA, natural de Ceará Mirim-RN, nascido a 22 de agosto de 1856 e faleceuno Rio de Janeiro, a 11 de dezembro de 1941. Terminados os estudos de humanidade em Natal, ele ingressou, em 1876, no curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1880. Regressando a Natal, iniciou suas atividades profissionais, que foram diverficando-se ao longo do tempo. Advogado, jornalista, elegeu-se deputado provincial (1882/83) pelo Partido Conservador, ocupando o cargo de Secretário e de líder de seu partido, e destacando-se pelo espírito combativo com que defendia os interesses públicos, os direitos das minorias, a extinção dos monopólios lesivos ao Estado, como o do sal, que impedia, em seu entender, o desenvolvimento de larga faixa litorânea
SECRETÁRIO GERAL - AMPHILÓQUIO CARLOS SOARES DA CÂMARA (25/10/1889 – 16/6/1975)
SECRETÁRIO GERAL - DESEMBARGADOR JOAQUIM INÁCIO DE CARVALHO FILHO, por apenas três meses
DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA – Joaquim Manoel de Mermoz Grilo, NATURAL DE Goianinha-RN, nascido a 31 de março de 1893 e faleceu em 28 de junho de 1956. Fundador do antigo DCT. Bacharel pela Facukldade do Recife, turma de 1917. Prtomotor de Justiça em várias comarcas e Juiz de Direito, cargo no qual se aposentou por invalidez. Exerceu o magistério e colaborou na imprensa pelas páginas de A REPUBLICA.
CHEFE DE POLÍCIA – Antônio Soares de Araújo, natural de Assu-RN, nascdido a 21 de julho de 1879 e faeleceu em Natal a 24 de julho de 1973.
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - TC - JOAQUIM ANSELMO PINHEIRO FILHO
PRESIDENTE DO RIO GRANDE DO NORTE
24 – JUVENAL LAMARTINE DE FARIA – 01/01/1928
Juvenal Lamartine assumiu o governo do Estado em 1º de janeiro de de 1928, com o título de Presidente, dado pela Constituição Estadual promulgada em 24 de agosto de 1926, que inclusive, crio o cargo de prefeito, antes conhecido como Intendente
JUVENAL Lamartine de Faria, natural de Serra Negra do Norte-RN, nascido a 9 de agosto de 1874, filho de Clementino Monteiro de Faria 91842 – 1922), este foi prefeito de Serra Negra e deputado estadual; e de Paulina Umbelina dos Passos 91849 – 1939). Formou-se em 2 de dezembro de 1897, em Ciências Juridicas e Sociais, pela faculdade de Direito do Rercife, sendo o orador da turma. Casou-se em 14 de setembro de 1898, com Silvina Bezerra de Araújo( 1880 – 1961), FILHA de Silvino Bezerra de Araújo (1836 – 19220 E Mareia Febrônia de Araújo Galvão.Foi juiz de direito, advogado e jornalista. Como parlamentar ficou conhecido como Juvenal Lamartine. Na vida política foi vice-governador (1903-191), deputado federal (1906-1911, 1912-1914,1915-1920, 1921-1923, 1924-1926), Senador da República (1927-1928) e Governador (1928-1930). Fez o Curso Secundário no Atheneu Norte-rio-grandense, em Natal e o Curso Superior de Direito, na Faculdade de Direito do Recife. Foi casado com Dona Silvina Bezerra de Araújo Galvão. Publicou as seguintes obras: Patriarcas Seridoenses, Velhos Costumes do Meu Sertão.Membro da Academia Norte-rio-grandense de Lereas, cadeira nº 12. Faleceu em Nata, a 18 de abril de 1956. Foi deposto pela revolução de 30. Juvenal Lamartine de Faria* governou o Rio Grande do Norte por dois anos e nove meses. Foi deposto pela revolução de 30. Apesar de amigo de Getúlio Vargas, apoiou a candidatura de Júlio Prestes e foi destituído após a vitória da revolução comandada por Vargas, que depôs todos os governadores eleitos na época, inclusive os revolucionários. Exilou-se na Europa, retornando ao Estado já no governo de Rafael Fernandes.
Filho de tradicional família seriodense, Juvenal Lamartine era juiz de Direito em Acari, até ingressar na vida pública, o que fez com sucesso. Foi deputado federal, vice governador, senador da República e governador. Foi quem dotou o Estado de uma moderna infra-estrutura, representada por estradas, pontes, escolas, campos de pouso no interior; criou o Aero Clube, a escola de pilotagem e o estádio de futebol que hoje tem seu nome, no Tirol. Manteve na prefeitura de Natal o engenheiro Omar O’grady, que executou o plano de urbanização da capital, elaborado pelo arquiteto italiano Giácomo Palumbo.
Austero - Intelectual, o governador deu o maior apoio às letras e às artes. Mantinha estreitas relações com os escritores e jornalistas da época. Homem austero, não admitia contestação à autoridade constituída. Por isso, os adversários passaram a chamá-lo de truculento. Ele era um homem cioso de seus deveres e das suas obrigações. Acabou com o banditismo no Rio Grande do Norte, o que, naquele tempo, era o flagelo do sertão. O cangaceirismo, na época, uma espécie de epidemia, dizimando vidas e aterrorizando famílias no interior do Estado, com a finalidade de saquear, roubar e matar, atendendo a caprichos políticos ou por vingança familiar. No governo de Juvenal Lamartine, os cangaceiros foram banidos do Rio Grande do Norte. Em 1918, como deputado federal, participou da elaboração do Código Civil, tendo subsidiado o parecer de Clóvis Beviláqua, do qual resultou sua aprovação. Homem de cultura humanista, era também cultor do Direito, respeitado por seus pares no Congresso Nacional, tanto na Câmara como no Senado.
Fundador - Foi um dos fundadores da UDN em 1945, no Rio Grande do Norte, ao lado de José Augusto, Dinarte Mariz e outros. No acordo da UDN (União Democrática Nacional) com o PSP (Partido Social Progressista), saiu candidato ao Senado, mas foi derrotado por João Câmara. Para o governo, elegeu-se José Varela, que disputara o pleito com Floriano Cavalcanti, em 1947. O acordo com Café Filho (PSP) não foi bem visto por seus amigos e até familiares. Juvenal Lamartine disputou, então, seu último mandato na política do Rio Grande do Norte. Foi o primeiro acordo político entre adversários e até inimigos pessoais. Hoje é nome do estádio que construiu - o “Juvenal Lamartine” – e do Centro de Estudos e Pesquisas da Fundação “José Augusto”, uma homenagem prestado pelo governador Aluízio Alves, amigo e admirador de Lamartine, um homem identificado com sua terra e seu povo. Durante o seu curto período de governo, foi eleita em Lages a primeira prefeita da América Latina, Alzira Soriano, em 1928. Era o coroamento da luta de Lamartine pela emancipação feminina. Juvenal Lamartine construiu 416 quilômetros de estradas e pontes, desbravando o sertão e interligando-o com a capital. Seguiu a política de valorização do algodão que herdou do seu antecessor, dando maior destaque à política de incentivos fiscais, como por exemplo a redução do imposto de exportação para o caroço, o farelo e o óleo, derivados do algodão.
Sua última atividade foi a presidência da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, que se transformou no refúgio do velho líder comprometido com a valorização da cultura do Rio Grande do Norte. Juvenal Lamartine nasceu em Serra Negra, em 09/08/1874, e faleceu em Natal, em 18/06/1956. Com a revolução de 30, comandada pelo gaúcho Getúlio Vargas, depondo o presidente Washington Luís, estava encerrado o ciclo da Primeira República, também conhecida como “República Velha”, que vai de 1889 a 1930. O País conquistava o direito ao voto secreto, uma das maiores conquistas do movimento revolucionário.
Em 1927, o Deputado Federal, J uvenal Lamartine de Faria (Serra Negra-RN -09/08/1874 – Natal, 18/04/1856), há muito tempo partidário do sufrágio feminino, anunciou a plataforma de sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte, prometendo amplos direitos políticos às mulheres, não só o de votar, como o de ser votada, declarando que a Constituição Federal não proibia às mulheres gozar de seus direitos políticos plenos e inalteráveis. Considerava um absurdo a privação de metade da população brasileira do exercício de seus direitos políticos. Neste mesmo ano, na Cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, registrou-se o alistamento da primeira eleitora, Celina Guimarães. Mesmo antes de assumir, Juvenal Lamartine assegurou as mudanças necessárias no Código Eleitoral do Rio Grande do Norte. No ano seguinte, Alzira Soriano de Souza, apoiada por Juvenal Lamartine, elegeu-se prefeita do Município de Lajes no Estado do Rio Grande do Norte, tendo sido, também, a primeira prefeita eleita no Brasil
OBRAS
A 28 de janeiro de 1928, o prsidente do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine criou a Imprensa do Rio Grande do Norte, mantendo o jornal “A República” como “órgão dos poderes públicos do Estado”. O Primeiro Diretor da Imprensa foi Cristovão Bezerra Dantas, que ficou no cargo até 1929
PRIMEIRA DAMA
Silvina Bezerra de Araújo, natural de Acari-RN, nascida a 25 de setembro de 1880, filha do coronel Silvino Bezerra de Araújo. Casou-se em 4 de dezembro de 1904, com Juvenal Lamartine de FARIA (09/8/1874 – 18/4/1856) Juvenal Lamartine . Faleceu em Natal no ano de 1961.
FILHOS:
Silvino Bezerra Neto (1887 – 17/02/1969), Olavo Lamartine,
VICE PRESIDENTE:
3/1/1941 - DESEMBARGADOR JOAQUIM INÁCIO DE CARVALHO FILHO, natural de Martins-RN, nascido a 6 de fevereiro de 1888 e faeleceu em sua terra natal no dia 9 de junho de 1948. Bacharel em Direito pela Facvuldade do Recife (1908). Percorreu longo itinerário na vida pública do Rio Grande do Norte, tendo exercido revelantes cargos e funções, diretor do Grupo Escolar “Almino Afonso”, de Martins, api niniciando a advocacia; Promotor público da Comarca de Assu; Juiz de Direito de Jardim do Seridó, Deputado Estadual (1913/1915 e 1916/1917): Secretário-Geral so Estado(alguns meses, 1918, no governp de Joaquim Ferreira Chaves), Juiz de Direito da Comarca de Caicó e Canguaretama, Diretor do Departamento de Africultura e depois do Departamento da Fazenda; Desembargador (31/12/1927), posto em disponibilidade pelo exercício do cargo de Vice-Presidente do Estado (1928/1930).
Recoconstitucionalizando o país, foi eleito senador Federal (1935) pela Assembléia Constituinte Estadual. Durante o Estado Novo, ocupou a presidência do Conselho Administrativo e o cargo de Prefeito de Natal. Encerrou a sua vida pública como Prfeito de sua terra natal.
Conviviam em Joaquim Ignácio o homem de ação e o intelectual, este interesse, primordialmente, no estudo de aspectos econômicos, geográficos e administrativos do Estado. Alguns de seus estudos foram enfeixados no livro “O Rio Grande do Norte em Visão Prrospectiva.
SECRETÁRIO GERAL - AMPHILÓQUIO CARLOS SOARES DA CÂMARA (25/10/1889 – 16/6/1975)
DEOCLÉCIO DANTAS DUARTE
CHEFE DE POLÍCIA – Abilio Cesar Cavalcanti (1890 – 1978)
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA PÚBLICA - Dr. Adauto Miranda Raposa da Câmara – de 8 de janeiro de 1928 a 5 de outubro de 1930
DIRETOR DE IMPRESA:
1 – Cristovão Bezerra Dantas – 1928
Cristóvão Bezerra Dantas, nasceu em Natal a 19 de abril de 1900, filho de Manoel Dantas. Engenheiro, professor do Atheneu, diretor da Estação Experimental de Tupi, em São Paulo, secretário geral do Estado, diretor de A Republica, deputado federal, diretor do Departamento de Agricultura, jornalista especializado em temas econômicos e financeiros. Faleceu em Natal no dia 17 de outubro de 1964. Membro da Academia Norte Rio grandense de Letras, cadeira nº 9
2 – Adauto Miranda Raposo da Câmara – 1930
3 – Sérgio Bezerra Marinho – 1930
ORDEM SOCIAL – Abilio César Cavalcanti, natural de Ceará-Mirim-RN, nascido a 2 de junho de 1890 e faleceu em Natal em 13 de janeiro de 1977. Filho de Daniel da Costa Cavalcanti e Florência Matilde Cavalcanti. Administrador dos Correios e Telégrafos em 1910 e Juiz de Direito da comarca de Mossoró. Em 1928 foi Delegado d Ordem Social, na gestão de Juvenal Lamartine.
DIRETOR DO SERVIÇO DO ALGODÃO RN – Octávio Lamartine de Farias, natural de Acari-RN, nascido em 1903 e foi assassinado por policiais militares da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, em 13 de fevereiro de 1935. Filho de Juvenal Lamartine de Faria e de Silvina Bezerra de Araújo. Agrônomo pela Escola Agrícola de Lavras-MG, atual Escola Superior de Agricultura de LAVRAS. Aluno laureado, teve como prêmio estudos de especialização na Universidade de Georgia, Estados Unidos, em 1925. Especializou-se em algodão de fibra longa no Arizona, Texas-EEUU, em 1926/28. Croiu a Estação Experimental de Cruzeta e dirigiu o Campo de Bulhões, em Acari. Diretor do Serviço de Algodão do Rio Grande do Norte, na gestão de seu pai, Juvenal LAMARTINE.
DIRETOR DO ATHENEU – Celestino Pimentel (1884 – 1967)
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR - TC - JOAQUIM ANSELMO PINHEIRO FILHO – 01/01/1928 – 20/06/1928
– MAJOR LUÍS JÚLIO - 20/6/1928 – 25/10/1928
- TC ANTONIO FERNANDES DANTAS - 26/10/1928 – 5/10/1930 - Natural de Caicó, nascido a 18 de maio de 1881. Era um temperamento pacífico e acomodado. Vindo para o governo do Estado por uma contingência de orientação política getulista, de dividir para governar, não teve outra maior finalidade que auferir as possíveis vantagens do exercício do cargo e aplicar suas longas horas de ócio, após a assinatura do expediente organizado por seus auxiliares em enchê-las com a única paixão de sua velhice e jogo. POR OUTRO LADO, SE A TENDÊNCIA AO autoritarismo que é um quase hábito que caracteriza 90% do militar de carreira, se não se manifestou nessa interventoria, também a ausência de cheques políticos que marcou todo nesse sentido.
25 – JUNTA GOVERNATIVA MILITAR – 06/10/1930
1 - Major Luiz Tavares Guerreiro, natural de São José de Mipibu-RN. Oficial do Exercito. Militar criterioso, pridente e sereno – Diz Luís da Câmara Cascudo. Era sub-comandante do 28º Batalhão de Caçadores da Guarnição de Natal, aquartelado em Santa Luzia do Sabugi, quando rebentou a revolução de 3 de outubro de 1930.
2 - Capitão Aberlado Torres da Silva Castro
3 - Tenente Júlio Perouse Pontes, natural de Bahia, nascido a 31 de março de 1899. Militar competente, autêntico e inteligente.
CHEFE DE POLÍCIA – Vorgilio Galvão Bezerra da Trindade (Natal, 5/4/1887 – Natal, 26/10/1969)
João Café Filho nasceu em Natal no dia 3 de fevereiro de 1899, filho de João Fernandes Campos Café e de Florência Amélia Campos Café. Seu avô fora senhor de engenhos em Ceará-Mirim (RN), mas seu pai perdeu as terras herdadas e tornou-se funcionário público na capital do estado. deputado federal( RN) - 1935-1937; constituinte; 1946; deputado federal RN 1946-1951; vice-presidente Republica 1951-1954; presidente Republica 1954-1955.
Durante o curso básico, Café Filho freqüentou o Colégio Americano, o Grupo Escolar Augusto Severo, a Escola Normal e o Ateneu Norte-Rio-Grandense, todos localizados em Natal. No fim do secundário, começou a assistir a julgamentos realizados no Tribunal do Júri, definindo assim sua vocação pela advocacia. Mudou-se para Recife em 1917, passando a trabalhar como comerciário para custear os estudos na Academia de Ciências Jurídicas e Comerciais e em curso na área de eletrotécnica. Retornou a Natal sem concluir seus estudos superiores, mas, mesmo assim, baseado na sua experiência prática junto aos tribunais, prestou concurso para advogado do Tribunal de Justiça, obtendo êxito. Passou então a atuar na capital e no interior do estado, quase sempre em defesa de estivadores, tecelões, pescadores e outras categorias de trabalhadores, tornando-se em pouco tempo advogado de grande prestígio junto às camadas populares e alvo de pressões por parte das oligarquias dominantes.
A atividade regular de Café Filho no campo do jornalismo começou em 1921, quando fundou o Jornal do Norte, impresso nas oficinas de A Opinião, órgão oposicionista. Ao lado dos freqüentes artigos sobre as más condições de vida dos trabalhadores da região, Café passou a apoiar a Reação Republicana, movimento que lançou a candidatura de Nilo Peçanha à presidência da República. Junto com Reginaldo Cavalcanti, organizou a visita do candidato ao Rio Grande do Norte, atacando duramente nos comícios eleitorais as oligarquias dominantes no estado. A vitória no pleito presidencial de março de 1922 coube a Artur Bernardes, cujo governo, iniciado em 15 de novembro seguinte, foi marcado pelo recrudescimento da repressão aos grupos oposicionistas em todo o território nacional. Café Filho disputou, sem êxito, uma cadeira de vereador em Natal no ano de 1923. Segundo seu livro de memórias, convenceu-se então de que o sistema eleitoral. vigente garantia a reprodução do domínio oligárquico e decidiu "seguir rumos mais violentos" a fim de "sobreviver politicamente aos dominadores do estado". Ainda em 1923, participou de greves e manifestações de trabalhadores ocorridas em Natal, tendo se destacado durante o movimento dos pescadores do bairro das Rocas, que sofreu dura repressão policial. Advogado dos pescadores, acabou sendo preso junto com seus líderes, num episódio que contribuiu para aumentar sua popularidade. Em seguida, atuou com destaque a favor de uma greve vitoriosa dos estivadores por aumento salarial e em um movimento que, iniciado pelos operários têxteis, acabou se transformando em uma greve geral na capital do estado. Nessa ocasião, escapou de um cerco policial à sua residência e, acompanhado de sua esposa, Jandira Fernandes de Oliveira Café, fugiu para Bezerros (PE). Aí conseguiu emprego na prefeitura graças à sua amizade com o delegado de polícia, e passou a editar o Correio de Bezerros.
Mudou-se para Recife em 1925, tornando-se diretor do jornal A Noite, onde passou a escrever reportagens e propaganda política. Ainda nesse ano, redigiu uma proclamação pedindo que os soldados, cabos, sargentos Viajou então para a Bahia e, durante o ano de 1927, viveu nas cidades de Campo Formoso e ltabuna com o nome de Senílson Pessoa Cavalcanti. Decidido a viver novamente em Natal, retornou, apresentou-se às autoridades e cumpriu sua pena no Esquadrão de Cavalaria da Força Pública do Rio Grande do Norte. Quando recuperou a liberdade, recebeu uma grande manifestação de solidariedade, dissolvida pela polícia.
Voltou a concorrer a uma cadeira na Câmara Municipal de Natal em 1928. Segundo suas memórias, conseguiu eleger-se, assim como diversos candidatos da oposição, mas o governador Juvenal Lamartine de Faria mandou queimar as atas eleitorais e falsificou o resultado, garantindo para seus partidários a maioria das vagas. Pouco depois, Café Filho preparou a recepção a Joaquim Francisco de Assis Brasil e seus correligionários, que percorriam o país com integrantes da caravana da Aliança Libertadora, partido fundado em 1927 por políticos de São Paulo e do Rio Grande do Sul com o objetivo de aglutinar a oposição em escala nacional. Os libertadores realizaram violentos comícios em Natal contra o governo de Juvenal Lamartine, que reagiu através de uma série de represálias contra Café Filho. Sua casa foi novamente cercada e os sindicatos em que trabalhava foram depredados, forçando nova fuga de Café para Recife.
Transferiu-se para o Rio de Janeiro no início de 1929, tornando-se redator do jornal A Manhã, dirigido por Agripino Nazaré. Em agosto desse ano, formou-se a Aliança Liberal, coligação oposicionista de âmbito nacional apoiada pelos governos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba e por grande parte da jovem oficialidade do Exército. Café Filho participou da convenção liberal realizada no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 20 de setembro a fim de oficializar o lançamento da chapa Getúlio Vargas-João Pessoa para disputar as eleições presidenciais de março de 1930. Impedido de regressar ao Rio Grande do Norte, foi indicado por Assis Brasil para integrar a equipe que coordenava a campanha da Aliança Liberal na Paraíba sob a liderança de João Pessoa. Chegando nesse estado em janeiro de 1930, reeditou o Jornal do Norte, que fora fechado em Natal, e passou a percorrer o interior em campanha. Junto com José Américo de Almeida e outros políticos da região, fez a saudação pública à chegada da caravana liberal à Paraiba no dia 2 de fevereiro, motivo de grande manifestação popular.
Na Revolução de 1930
A vitória do candidato situacionista Júlio Prestes nas eleições de 1930 foi considerada fraudulenta por importantes setores da Aliança Liberal, que se aproximaram dos jovens oficiais ligados ao movimento tenentista e intensificaram os preparativos para um levante armado contra o governo federal. O movimento foi iniciado no dia 3 de outubro no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e na Paraíba, de onde partiram colunas revolucionárias para ocupar outros estados. Logo no início das operações, Café Filho foi para o Rio Grande do Norte no comando de um grupo armado encarregado de abrir caminho para os contingentes paraibanos que, no dia 4, ocuparam pacificamente a cidade de Natal, já abandonada pelos integrantes do governo estadual.
Apoiado por forças populares, Café Filho vetou a escolha de Silvino Bezerra Neto (NATURAL DE caicó-RN, nascido a 30 de abril de 1887, filho de Manuel Augusto Bezerra de Araújo e de Olindina de Medeiros)para a chefia do novo governo, por considerá-lo comprometido com a situação pré-revolucionária. Depois de algumas negociações, chegou-se a uma solução de compromisso com a formação de uma junta governativa empossada em 6 de outubro e chefiada pelo major Luís Tavares Guerreiro. Café Filho foi nomeado chefe de polícia, determinando a libertação imediata de todos os presos políticos. Contra a vontade da junta, que ainda defendia o nome de Silvino Bezerra, passou a articular em seguida a candidatura de Irineu Joffily para a chefia do governo estadual lançando mão de comícios e passeatas que obtiveram grande repercussão nos meios populares. A disputa pelo poder foi intensificada depois da chegada do principal líder revolucionário do Nordeste, Juarez Távora, resultando na escolha de lrineu Joffily, empossado no dia 12 de outubro.
No resto do país as operações militares evoluíam de maneira favorável aos revolucionários, levando a alta hierarquia militar lotada no Rio de Janeiro a depor o presidente Washington Luís em 24 de outubro. Uma junta militar assumiu o poder até 3 de novembro, quando Getúlio Vargas, chefe da revolução, foi empossado à frente do Governo Provisório.
lrineu Joffily foi nomeado interventor federal no Rio Grande do Norte em 14 de novembro, mas seu governo teve curta duração. Pressionado pela forte oposição militar - que exigia, entre outras coisas, o afastamento de Café Filho da chefia de polícia -, o interventor renunciou em 28 de janeiro de 1931, levando Café a demitir-se também. Durante o governo seguinte, chefiado pelo tenente Aluísio Moura, Café foi preso sob a acusação de conspirar contra o novo interventor, mas a pronta intervenção do secretário do Interior, tenente Ernesto Geisel, garantiu sua libertação.
e oficiais jovens se recusassem a combater a Coluna Miguel Costa-Prestes, que chegava ao Nordeste depois de percorrer grandes extensões do território nacional pregando uma revolução antioligárquica. Processado, retornou a Natal, onde recebeu a notícia de que fora condenado a três meses de prisão.
CHEFE DE POLÍCIA
Adauto Miranda Raposo Câmara, natural de Mossoró, nascido a 14 de março de 1898, filho do professor Teódulo Soares da Câmara e de Aura Augusta de Miranda Câmara. Em dezembro de 1906, com a família, mudou-se para Natal. Na Capital fez os estudos primários com seu pai, ingressando, em 1909, no curso secundário do Atheneu em cujo corpo doccente o professor Teódulo havia ingressado em 1907. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade do recife, em 1923, havendo, porém, colado grau em março de 1942. Em 1912, após o concurso a que se submeteu, foi nomeado praticante de 2ª Classe da extinta Administração dos Correios do Rio Grande do Norte. Em 1916, aprovado em concurso, foi nomeado auxiliar de estações da antiga Repartição Geral dos Telégrafos, tendo sido promovido, em 1918, a telegrafista de 5ª classe, e em 1925, a telegrafista de 4ª classe. Em 1919 foi nomeado para reger, interinamente, a cadeira de História do Brasil do Atheneu. Em virtude de concurso, foi promovido efetivamente na referida cadeira, em 1920. Além desta disciplina, lecionou, quando da aposentadoria do professor João Tibúrcio, a cadeira de Português. Em 1930, devido aos sucessos políticos conhecidos, foi obrigado a abandonar sua cátedra, que exerceu por 11 anos, tendo sido declarado professor avulso. Representou Natal como Deputado à Assembléia Legislativa, no período de 1924 a 1927. Foi Deputado à Assembléia Constituinte de 1926. Durante a legislatura de que fez parte, serviu como 1º secretário e líder. Em 1928, perdeu o mandato por ter aceitado o cargo de diretor do Departamento de Segurança Pública, no Governo de Juvenal Lamartine, no qual esteve desde 8 de janeiro de 1928 até 5 de outubro de 1930. Entrou para o corpo racional de A República, em 1924. Em 1930, foi nomeado para exercer as funções de diretor de Imprensa Oficial, cumulativamente com as de Chefe de Polícia. Exerceu o cargo de redator-secretário de A Republica, de Natal, de que foi proprietário o Coronel Francisco Cascudo. Nas lides do jornalismo iniciou-se desde muito cedo, quando ainda cursava o Atheneu. Calaborou então, nas várias revistas e jornais dos numerosos grêmios de estudantes que havia no Natal daquele tempo. Faleceu no Rio de Janeiro a 17 de outubro de 1952.
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR –
2 – TC ABERLADO TÔRRES DA SILVA CASTRO - 6/10/1930 – 9/10/1930
DIRETOR DE IMPRENSA – Joaquim de Fontes Galvão – 1930
DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA E AVIAÇÃO – Ezequias Pegado Cortez. Bacharel pela Faculdade do RECIFE. Secundário da ESCOLA DE Artifices, em 1915. Juiz Municipal de Goianinha, Delegado Auxiliar Regional e Juiz em NATAL. Participou ativivamente do movimento revolucionário de 30. Diretor do tesouro e do Departamento de Agricultura Viação e Obras Pública emsubstituição ao Interventor Bertino Dutra. Faleceu a 19 de setembro de 1950
GOVERNADOR REVOLUCIONÁRIO
26 - IRINEU JOFILLY – 12/10/1930 - Nasceu no distrito de Pocinhos, em Campina Grande, na Paraíba, a 14 de junho de 1886 e faleceu no ano de 1964.
O paraibano Irineu Joffily foi nomeado interventor federal do Rio Grande do Norte após a revolução de 30, como um “tertius” para pacificar as facções partidárias do Estado, divididas entre adeptos de Dinarte Mariz e de João Café Filho. Como dois líderes maiores apoiaram a revolução, cada um tomou a iniciativa de indicar o interventor para mostrar prestígio junto aos correligionários.
Diante do impasse, o revolucionário José Américo de Almeida resolveu pacificar o Estado, indicando o advogado paraibano Irineu Joffily para evitar descontentamento entre as duas facções que disputavam a indicação. Irineu ficou apenas três meses no cargo, porque não suportou as pressões dos grupos políticos rivais.
Paraibanização -
Sem conhecer a geografia política local, nem tampouco ter vivência com a sociedade potiguar o interventor importou vários paraibanos para compor o seu governo. O fato não foi bem recebido pela classe política do Rio Grande do Norte. Irineu Joffily, não suportando as pressões, renunciou ao cargo e retornou à sua terra, passando para a história como o homem que queria “paraibanizar” o Rio Grande do Norte.
A solução “Irineu Joffily” foi a fórmula encontrada pelos líderes revolucionários do Nordeste, Juarez Távora e José Américo de Almeida, para evitar uma cisão no bloco vitorioso, comandado por Café Filho e Dinarte Mariz.
Café pleiteava a interventoria, e Dinarte, apesar e não a cobiçar para si, era radicalmente contra a indicação. Os dois eram revolucionários, mas adversários intransigentes. A única solução se deu com a indicação de alguém distante das querelas provincianas, e foi assim que José Américo indicou o conterrâneo Irineu Joffily, sem ligação nenhuma com a política do Rio Grande do Norte.
Ríspido - Joffily era um homem sisudo e de atitudes ríspidas. Desgostoso coma decisão de um juiz, enviou um ofício desaforado à presidência do Tribunal de Justiça recriminando a atitude do magistrado. Os desembargadores acharam o ofício ofensivo à Justiça e o devolveram ao palácio, pedindo ao interventor que retificasse os termos considerados grosseiros e inoportunos. O interventor riscou as palavras “cordiais saudações” do original e enviou-o novamente ao Tribunal, criando um mal-estar enorme entre os dois Poderes. Este episódio, dentre outros motivados pelo comportamento arrebatado do interventor, contribuiu para a queda do advogado Irineu Joffily, que, apesar de ser um homem de atitudes intempestivas, portou-se com rigorosa vigilância e de forma ética na defesa dos interesses maiores do Estado. Joffily cultivava uma barba falha e foi apelidado por seus adversários de “barba rala”.
SECRETÁRIO-GERAL
NESTOR dos Santos Lima, natural de Assu, nascido a 1 de agosto de 1887, filho de Galdino Apolônio dos Santos Lima e Ana Souto Lima. Bacharel em direito, professor, advogado, presidente do IHGRN, diretor do Departamento de Educação, presidente do Conselho Penitenciário, professor de Faculdade de Direito, historiador. Com a sua progenitora fez os estudos primários. Já com inclinações para as letras, redatoriou em 1898 “A Luz”, jornalzinho literário e crítico. A esse tempo desaparecia o seu pai, tendo com a família, ido residir em Natal, tomando passagem no vapor “Uma” da Companhia Pernambucana no porto de Macau. Ali chegando a 5 de novembro de 1899. Terminando o primário, ingressou no Liceu Paraibano, tendo em 1904 concluído os preparatórios, matriculando-se, em seguida, em 1905, na Faculdade de Direito do Recife que lhe conferiu, a 16 de março de 1909, o grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Voltando ao seu Estado, em 1912, foi por concurso efetivado como professor da Escola Normal de Natal da Cadeira de Pedagogia, regendo, logo depois, a de Pedagogia regendo, logo depois, a de Pedagogia. Com encargo de Professor, acumulou a direção do referido educandário de 1911 a 1923, lecionando, também, Psicologia Infantil, de 1928 a 1934. Nomeado, pelos seus conhecimentos, seu apego aos assuntos educacionais, Diretor do Departamento de Educação do Estado, no desempenho dessa missão que foi de 1924 a 1929, as suas atividades foram dinâmicas, reformando o ensino primário no Estado, dando-lhes uma feição moderna, uma orientação mais consentânea com os métodos da pedagogia atualizada. Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, cadeira nº 9. Faleceu em Natal a 26 de fevereiro de 1959
CHEFE DE POLÍCIA -
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR –
1 – TC TEODORO CAMARGO DO NASCIMENTO - 10/10/1930 – 29/10/1930
2 – TENENTE FRANCISCO BARBOSA DA SILVA - 30/11/1930 – 31/10/1931
3 – CAPITÃO JACINTO TAVARES FERREIRA - 11/11/1930 A 28/12/1930
Tenente JACINTO TAVARES FERREIRA. Coronel reformado da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. “Ao tempo de Lampião era Comandante das Forças que perseguiram os bandoleiros neste Estado”. Outra vez citando Ivanaldo Lopes, lemos sobre Jacinto Tavares: ‘Muito alto, beirando um metro e noventa centímetros, era espadaúdo, peito largo de atleta, esguio, rosto alongado onde brilhavam os olhos miúdos e negros. Falava com elegância, educado, sabendo tratar com distinção a raros que o procuravam, ricos e pobres. Sempre teve um hábito: criar passarinhos, por ele mesmo cuidados em suas gaiolas. Antes de se dirigir ao quartel, estavam limpas as gaiolas, com água fresca e alpiste. Pátria satisfeito. (...) Numa manhã, após fazer a barba, tomar o seu café, olhar os primeiros movimentos da Rua João Pessoa, dirigiu-se aos seus pássaros. Limpou as gaiolas, substituindo a água dos pires, colocou alpiste, ouviu o trinado dos canários, o grito do Canção, e caiu morto”. O fato ocorreu a 17 de março de 1956
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – Antonio Ferreira Souto dos Santos Lima(1890 – 10/4/1961. Médico, professor,político, deputado estadual, “orador brilhante, um dos líderes da maçonaria do seu tempo. Pertenceu a diversas associações culturais einstituições cientificas.
4 – TENENTE ALUÍSIO DE ANDRADE MOURA - 29/12/1930 – 28/01/1931
Natural de Macaíba-RN, nascido a 25 de abril de 1905. Tenente do Exército Brasileiro, autorizado pelo Governo Provisório da Revolução de 1930, assumiu a 2º Interventória Federal do Rio Grande do Norte. Nomeado a 1º de março de 1931, governou até 31 de julho de 1931. Comandou a Polícia Militar em três períodos. Membro do Conselho Nacional do Petróçeo, membro da direção do Banco do Crédito Cooperativo, Relações Públicas do Ministério do Trabalho, Diretor da Companhia Nacional de Seguro Agrícola, Diretor do IAPETEC, diretor-presidente do IAPFESP, chefe da 2ª C. R. em Natal, foi promovido a General de Brigada em 1956, transferindo-se para a reserva remunerada como General de Divisão. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 13 de novembro de 1973.
SECRETÁRIO GERAL –
CHEFE DE POLÍCIA – Bergulo da Fonseca Tinôco, natural de Natal, nascido em 1880. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife-PE, turma de 1907. Promotor em Macaíba, São José de Mipibu e Santa ruz. Juiz de Direito de Nova Cruz, São Gonçalo do Amarante, Pau dos Ferros e Nova Cruz e Juiz da 2ª Vara em Natal, chegando a desembargador em 1953. Presidente do Tribunal de Justiça e do Eleitoral. Faleceu em Natal em 13 de junho de 1956
DIRETOR DE IMPRENSA
JOAQUIM DE FONTES GALVÃO – 1931

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